Corte de energia, falta de alimentos em casa, contas atrasadas e até ameaça de despejo por falta de pagamento do aluguel. Essa é a realidade de centenas de servidores das empresas terceirizadas que prestam serviço ao governo acreano. Na manhã desta quarta-feira, 14, parte dos servidores que estão desde agosto sem ver a cor de seus salários foram até a Casa Civil protestar.
“A firma acabou de dizer que não tem previsão de pagar a gente. Quando tá atrasado e tem alguma previsão a gente ainda espera. Eu tenho meus filhos para dar de comer. Precisamos de ajuda”, diz uma servidora que prefere não se identificar.
A reportagem checou a informação junto ao governo de que nenhuma secretaria está conseguindo fazer o repasse para as empresas. O motivo é bloqueio na Secretaria de Fazenda, já que todas as três empresas estão com impossibilidade de receber por conta de ações trabalhistas.
No caso da Secretaria Estadual de Educação, há a possibilidade de uma negociação com a SEFAZ para que das parcelas que o governo tem que repassar as empresas, fique bloqueado apenas 30%, e as empresas possam pagar pelo menos parte dos salários atrasados dos funcionários com os 70% liberados.
“Isso é uma vergonha. Estamos passando necessidade tendo dinheiro para receber. Ninguém quer saber se tem bloqueio, se falta documento, a gente só quer colocar comida na nossa mesa”, diz outro funcionário de uma empresa terceirizada.
Além de Rio Branco, há atraso de salário também dos servidores terceirizados nos municípios do interior do estado.
Leônidas Badaró do ac24horas
