28 março 2024

Fotógrafo antigo lamenta ter perdido vários arquivos da história de Sena Madureira

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Residindo atualmente no Bairro Eugênio Areal, o aposentado Antônio Farias Filho, 75 anos de idade, é considerado um dos fotógrafos mais conhecidos de Sena Madureira. Ele começou a exercer tal profissão em 1970, ano em que o Brasil foi tricampeão mundial de futebol e registrou vários momentos da História de Sena.

Naquela época, não existia telefones digitais nem máquinas de última geração. As fotos eram tiradas com os equipamentos disponíveis naquele momento e demoravam pra serem reveladas. “Fiz uma viagem a Feijó na companhia de um amigo e, ao retornar pra Sena, me despertou essa vontade de trabalhar como fotógrafo. Naquele tempo, foi bom. Trabalhei em muitos aniversários, casamentos, dava pra tirar o sustento da família. As coisas só começaram a ficar difíceis com a chegada dos celulares digitais. Hoje, quase ninguém precisa mais de um fotógrafo profissional, a não ser em ocasiões especiais”, comentou.

Ele é conhecido em Sena Madureira como “Toim fotógrafo” e, há até pouco tempo, tinha um escritório na Rua Padre Egídio, centro da cidade, hoje desativado. “Além dos eventos familiares, tirei muitas fotos também das alagações que ocorreram em Sena, da queda do avião na Boca do Caeté, dentre outros acontecimentos marcantes. Nessa tragédia do avião, me lembro que foi muito triste porque muitas pessoas morreram”, frisou.

Toim fotógrafo trabalhou, ainda, para vários políticos de Sena Madureira, dentre eles: O ex-deputado estadual Raimundo Sales, o ex-prefeito Ulisses Modesto, o ex-deputado Zé Vieira e outros. Disse ter gostado de todos, mas um, em especial, não lhe sai da memória – Ulisses Modesto. “Foi um prefeito bom. Quando terminava o desfile do 25 de setembro, ele me chamava pra ver todas as fotos, sempre reconheceu meu trabalho. Os outros também, mas tenho um carinho grande pelo Dr. Ulisses”, contou.

O mesmo lamenta somente o fato de não ter mais sob seu domínio os vários arquivos que produziu no decorrer de muitos anos de profissão. “Eu coloquei as fotos em uma caixa de papelão e, infelizmente, deixei num local em que existiam goteiras e as fotos foram deterioradas. Fiquei muito triste com isso e agora só me restam às lembranças do trabalho que fiz”, salientou.

Em sua residência, ele guarda uma das máquinas utilizadas nos eventos. Outra bem mais antiga foi deixada em um museu da cidade que hoje se encontra desativado.

Antônio Farias Filho é natural de Boca do Acre, mas ainda jovem veio pra Sena Madureira onde se encontra até os dias atuais.

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