19 abril 2024

Irmã de acreana morta pelo namorado no DF diz que prisão dele traz alívio para a família: ‘um pouco mais em paz’

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namorado da acreana Marina Paz Katriny, de 30 anos, morta no Distrito Federal (DF), foi preso nesta segunda-feira (23) pela Polícia Civil do Distrito Federal. Walace de Souza Eduardo, de 34 anos, confessou o crime e detalhou como matou a namorada. Para a família, que mora no Acre, a prisão dele foi um alívio.

Segundo a polícia, Walace e Marina tinham um relacionamento recente e com “muitas brigas e discussões”. No dia do crime, o casal discutiu após sair para um bar. Em depoimento, o homem disse que agrediu a vítima com um bloco de concreto e usou gasolina para queimar o corpo.

O corpo de Marina foi enterrado na manhã de domingo (22) no Cemitério São João Batista em Rio Branco, capital do Acre.

Marina foi achada morta e com o corpo parcialmente queimado na última quarta-feira (18) próximo a uma estrada de terra, na BR-070, em Taguatinga (DF). Um homem que passeava no local com cachorro achou o cadáver e acionou o Corpo de Bombeiros da região.

“Ele confessou que desferiu as pedradas, que arrastou o corpo dela até o cerrado. Depois, amarrou as mãos, e a região da cabeça e boca com fita adesiva, e deixou o corpo lá. Ele foi até um posto de gasolina, cerca de um quilômetro à frente, comprou R$ 20 de combustível, voltou e jogou o líquido inflamável sobre o corpo da namorada”, disse o delegado Mauro Aguiar, responsável pela investigação, ao g1 DF.

‘Estamos um pouco mais em paz’

A irmã da vítima, Jéssica Paz disse que a família se sentiu mais aliviada com a prisão do suspeito e a confissão dele. Segundo a irmã, ele tentou despistar as investigações, mas não conseguiu.

“Confessou porque não tinha outro jeito de ela ter sido assassinada, ela não era envolvida em nada. Ele só quis fazer com que as pessoas pensassem em outra coisa e tentou despistar. A Marina é conhecida por todos, todos que conheciam ela sabe que sempre foi intensa, foi bem única, e trouxe um alívio muito grande a prisão dele, sabíamos que ele ia ser pego, porque acreditamos em Deus. O sentimento é de alívio, estamos bem mais em paz e com certeza vamos tentar acompanhar o dia que ele for julgado”, disse.

Jéssica conta que o pai dela é policial militar aposentado e mãe é coordenadora em uma escola.

O crime

De acordo com depoimento de Walace, na noite do crime, o casal consumiu álcool e drogas. Após sair do bar, quando seguiam em direção à casa do suspeito, começaram a discutir. Ele parou o carro no acostamento, às margens da BR-070, e iniciou as agressões contra a vítima.

Segundo a polícia, após o crime, o homem enviou uma mensagem, do celular de Marina para uma amiga dela, para desviar o foco da investigação. O delegado do caso diz que não há dúvida sobre a autoria do crime, registrado como feminicídio qualificado. A pena pode passar de 30 anos de prisão.

Walace de Souza Eduardo foi preso em casa e levado para a carceragem da 17ª Delegacia de Polícia, em Taguatinga. Ele deve ser encaminhado para o Departamento de Polícia Especializada, ainda nesta segunda-feira. Na terça, deve passar por uma audiência de custódia.

A polícia fará perícia nos dois carros onde a vítima esteve com Walace, e nas roupas dele. Segundo o delegado, o inquérito deve ser concluído e enviado para a Justiça em até 15 dias.

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