29 março 2024

Suspeito de ordenar desmatamento dentro de área protegida é preso em operação da PF no Acre

spot_imgspot_imgspot_imgspot_img

Um homem foi preso na Polícia Federal, nessa terça-feira (23), durante mais uma fase da operação Mundo Novo, que é uma continuação do trabalho feito em outubro de 2021, que identificou e desmantelou organização criminosa responsável por grandes desmatamentos e queimadas no interior do Projeto de Assentamento Extrativista Antimary.

A unidade fica na BR-364 entre Sena Madureira e a cidade do Bujari, interior do Acre. Foi nesse mesmo local que o homem apontado como responsável pela contratação dos pistoleiros que mataram a missionária norte-americana Dorothy Stang, em fevereiro de 2005, teria desmatado uma área de 600 hectares, além de criar gado e ameaçar moradores, segundo investigação do Ministério Público do Acre (MP-AC).

A primeira fase da operação foi em outubro do ano passado. Ao todo, foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão e duas de prisões temporárias. Além do Acre, também foram cumpridas medidas judiciais nos estados do Amazonas e em Rondônia, com o auxílio de helicóptero e embarcações.

“Mesmo após a operação, os policiais federais identificaram que o principal investigado continuava a comandar os desmates na região, inclusive ampliando a degradação da área já afetada e efetuando queimadas”, diz a nota da PF.

A Polícia Federal comprovou ainda, através de laudo pericial, que o desmate realizado pelo grupo criminoso foi de aproximadamente 1,9 mil hectares (o que equivale a 19 milhões de metros quadrados). Conforme estudos apontados pela PF, o custo médio para desmatar 1 hectare é de aproximadamente R$1,5 mil, ou seja, para esse desmatamento foi empenhado quase R$ 3 milhões.

Nessa terça, o criminoso foi preso e conduzido até a Superintendência de Polícia Federal no Acre, para as providências cabíveis, com posterior encaminhamento ao presídio.

Os envolvidos responderão pelos respectivos crimes ambientais, além dos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. Somadas, as penas podem chegar até 28 anos de prisão mais multa.

 

Veja Mais