24 abril 2024

Incêndio na Rodovia Transacreana queimou área de 100 hectares, apontam bombeiros

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Pelo menos dois grandes incêndios foram registrados na Rodovia Transacrena, zona rural de Rio Branco, desde à última quarta-feira (31) e já destruiu 100 hectares de mata. Entre as áreas afetadas estão o Aterro de Inertes, que fica no km 10 da rodovia, e também no Centro de Formação dos Povos da Floresta da Comissão Pró-Índio do Acre (CPI-Acre), no km 7.

Para combater às chamas, homens do Corpo de Bombeiros, da Força Nacional, brigadistas, ICMbios, servidores da Prefeitura de Rio Branco e outros profissionais foram acionados para ajudar no combate às chamas.

Nessa sexta-feira (2), uma equipe da Rede Amazônica Acre flagrou um incêndio logo na entrada da rodovia em outra área de floresta. De longe era possível ver a fumaça e o fogo se alastrando pela área. Na hora do registro da reportagem não havia bombeiros no local.

O Corpo de Bombeiros do Acre informou que o fogo também atingiu o Aterro de Inertes, que fica no km 10 da Rodovia Transacreana. Deste à última quarta (31), bombeiros e equipes da prefeitura estão no local combatendo o fogo.

Em nota, o Corpo de Bombeiros informou que as equipes combatem o fogo desde à última quarta. Na sexta, três equipes de bombeiros, mais homens da Força Nacional e brigadistas da prefeitura da capital estavam empenhados no trabalho de combate às chamas.

“Foi feita uma análise pelas equipes que estão no local e no momento não há mais risco de o incêndio avançar para a área indígena”, destaca o comunicado.

Área reflorestada
Vinte hectares de floresta plantada há mais de 30 anos destruída. Esse é o prejuízo deixado pelo incêndio que atingiu a área do Centro de Formação dos Povos da Floresta (CFPF) da Comissão Pró-Índio do Acre (CPI-Acre). O local tem 32 hectares reflorestados com diversas frutas e árvores de várias espécies.

O fogo começou na tarde da última quarta-feira (31). Servidores da CPI-Acre, indígenas, ICMbios e brigadistas começaram a correr contra o tempo para apagar o fogo e evitar que toda a área reflorestada e a sede da comissão fossem queimadas.

O incêndio foi parcialmente controlado durante à noite, mas voltou na madrugada de quinta. Pela manhã, as equipes receberam o reforço de outros brigadistas e moradores próximos.

“O prejuízo para nós, indígenas, todos os seres humanos que vivem nessa parte da floresta, que gostam da floresta, é muito triste porque a biodiversidade é vida. Se você queima um capim está matando uma vida que consegue ajudar no solo. Quando queima uma floresta? Aqui era campo e nós reflorestando porque o indígena convive com a floresta, com a mata, o peixe, a caça e quando a gente viu esse incêndio ficamos muito tristes porque têm muitos animais que vem comer dentro da nossa área”, lamentou o brigadista Ismael Menezes Brandão, da etnia Shanenawa de Feijó.

O sítio da CPI-Acre é uma escola de formação indígena, reconhecida pela Secretaria Estadual de Educação (SEE), de ensino médio dos agentes agroflorestais indígenas. Toda a área tem cerca de 32 hectares de mata reflorestada.

Pneus queimados
Na Via Verde, no Segundo Distrito de Rio Branco, o fogo que iniciou em uma área de mata nessa sexta (2) acabou chegando em um amontado de pneus de uma borracharia. Três guarnições do Corpo de Bombeiros do Acre foram para o local combater as chamas que ameaçavam atingir os fios de alta tensão.

Ninguém ficou ferido. Os bombeiros usaram cerca de 9 mil litros de água no combate. A tenente Marcela Sarkis, do Corpo de Bombeiros, informou que a ocorrência chegou para as equipes como incêndio em vegetação.

Ao chegar na área, os bombeiros descobriram que as chamas tinham atingido os pneus. Foi pedido apoio de outras equipes que já estavam atendendo outras ocorrências, com o um incêndio em uma carcaça de ônibus.

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