28 março 2024

Perícia descarta que jovem que morreu em frente a restaurante de Rio Branco foi vítima de asfixia

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O laudo de necropsia do jovem Alan da Costa Cordeiro, de 24 anos, que morreu em frente ao restaurante e pizzaria A Princesinha, no Centro de Rio Branco, apontou que ele não sofreu asfixia mecânica, ou seja, o óbito não foi causado por enforcamento, como havia sido denunciado pela família.

A informação foi confirmada nesta quarta-feira (9) pelo médico legista Ítalo Maia, do Departamento de Polícia Técnica e Científica. Segundo ele, os exames apontaram que o rapaz tinha uma doença cardíaca, que foi associada ao uso de medicamentos e outras substâncias.

“A perícia, por meio de seus vários campos de atuação, tanto na necropsia quanto no instituto de análise forense chegou à conclusão de que o óbito foi de causa intrínseca à vítima. Ou seja, uma doença que ele já tinha, uma doença no coração e isso associado a outras questões, como o uso de medicamentos e substâncias, acabou por causar uma sobrecarga no coração dele e acabou contribuindo para o colapso cardíaco e consequente óbito”, afirmou o médico.

Cordeiro morreu no último dia 22 de outubro. Um vídeo que circulou nas redes sociais na época mostra o rapaz bastante agitado e depois sendo contido por um dos seguranças do local. O g1 não conseguiu contato com o proprietário do restaurante.

A mulher dele, Larissa Oliveira chegou a publicar em um grupo de gastronomia nas redes sociais que o rapaz tinha sido morto asfixiado por seguranças do estabelecimento comercial.

Ao g1, Larissa disse que eles estavam juntos há seis anos, têm duas filhas e que não tinha conhecimento sobre esse problema de saúde de Cordeiro ou que ele usava drogas. Segundo ela, a família entrou com processo na Justiça para tentar responsabilizar o segurança do restaurante.

“Convivi com ele seis anos e nunca soube disso [uso de drogas]. Nós já entramos na Justiça, o segurança pode não ter causado [a morte], mas ajudou. A informação que a gente tem é que esse segurança nem está mais no Acre, aí nosso advogado está lutando para tentar identificar e poder dar continuidade”, disse Larissa.

Agora, o laudo do vai ser encaminhado à Polícia Civil para auxiliar no inquérito que apura o caso.

Nas redes sociais, mulher do jovem alegou que ele foi marido foi asfixiado — Foto: Reprodução

Nas redes sociais, mulher do jovem alegou que ele foi marido foi asfixiado — Foto: Reprodução

Morte dentro de ambulância do Samu

 

No dia da morte de Cordeiro, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado para atender a ocorrência. Inicialmente, a informação era de que se tratava de um paciente com uso abusivo de entorpecentes e foi enviada uma ambulância básica.

Mas, ao chegar no local, a equipe encontrou o paciente em parada cardiorrespiratória e, devido à gravidade do quadro dele, foi preciso acionar a ambulância de suporte avançado. Os atendentes ainda tentaram reanimar o jovem, mas ele foi a óbito.

Ainda segundo o Samu, Cordeiro apresentava lesões na face e no couro cabeludo. O corpo foi levado ao Instituto Médico Legal (IML) para passar pelos devidos procedimentos.

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