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Daniel Zen e Roberto Duarte trocam farpas por causa de Bittar e orçamento paralelo esquenta o debate na Aleac

Quem pensa que a sessão virtual da Assembleia Legislativa nesta terça-feira (18) foi só paz e amor, engana-se. O debate ficou quente após o deputado Daniel Zen (PT) citar o senador Marcio Bittar supostos crimes cometidos pelo emedebista no caso conhecido como orçamento paralelo. O deputado Roberto Duarte (MDB) saiu em defesa de Bittar e contra-atacou Zen imputando ao PT o fracasso na CPI da Educação, com a retirada da assinatura do deputado Jonas Lima.

“Não vejo nenhum crime cometido pelo senador Márcio Bittar. Recebi aqui a lista de emendas que ele destinou para o Estado do Acre. São cerca de R$ 170 milhões para o Estado do Acre. Em nenhum momento o senador destinou emenda para o Goiás ou para o Ceará. Estou aqui com as emendas. Estou aqui na defesa do senador Marcio Bittar. O senhor [Zen] falou de corrupção, de bandidagem, de um monte de coisas mas o seu partido retirou a assinatura do seu requerimento para investigar supostas irregularidades e corrupções. Sabe porque não tem CPI? Por conta do Partido dos Trabalhadores. Agora, se vossa excelência fala em corrupção, mande o seu partido manter a assinatura na CPI”, esbravejou Duarte.

A resposta veio em aparte. Zen disse estranhar o incômodo de Duarte com as declarações do petista sobre supostos crimes cometidos nos citados nas reportagens da Revista Crusoé e do jornal Estadão.

“Eu falo em supostos crimes, eu falo em fortes indícios. Eu não estou imputando a ninguém uma prática que deve ser provada na justiça. Agora, onde tem fumaça tem fogo, deputado. Vossa excelência está com a relação de emendas oficiais do senador. Eu estou falando das emendas extra orçamentárias do orçamento paralelo do seu presidente Jair Bolsonaro, estas que eram indicadas por ofício”, disparou Zen.

Quanto à CPI da Educação, propriamente a saída de Jonas Lima, Daniel Zen afirmou que “a questão da CPI da Educação, eu não respondo pelos colegas. Eu respondo por mim. Eu não respondo pelo meu partido, não sou presidente, já fui. Não coloque sua mão no fogo pra defender quem está metido com bandidagem”, aconselhou.