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Desemprego bate novo recorde e atinge 14,8 milhões, diz IBGE

A taxa de desemprego no Brasil atingiu o maior nível desde 2012: no primeiro trimestre de 2021, foram 14,8 milhões de desocupados no País, o que corresponde a 14,7% da população apta ao trabalho, um acréscimo de mais de 880 mil pessoas em relação ao trimestre anterior.

O registro publicado nesta quinta-feira 27 é o maior feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) desde que iniciou a pesquisa PNAD-Contínua. O crescimento do desemprego referente ao mesmo trimestre de 2020, antes da pandemia, portanto, foi de mais 12,9 milhões de pessoas.

Segundo Adriana Beringuy, analista da pesquisa, o crescimento era o esperado ante as demissões que costumam ocorrer após as contratações de fim de ano.

A maioria dos outros indicadores ficou estável em relação ao trimestre anterior. A população fora da força de trabalho ficou em torno de 76,5 milhões de pessoas, e trabalhadores do setor privado com carteira assinada ficaram estáveis em 29,6 milhões. Na comparação anual, esse segmento registrou queda de 10,7%.

Os trabalhadores domésticos foram estimados em 4,9 milhões de pessoas no primeiro trimestre deste ano. A taxa de informalidade, também similar à anterior, foi de 39,6% da população ocupada, ou 34 milhões de informais.

O rendimento real habitual foi de 2.544 reais, regular tanto entre o trimestre anterior como em relação ao ano passado.

O que mudou foi o número de trabalhadores por conta própria, que chegaram aos 23,8 milhões, um acréscimo de 2,4% representativo de 565 mil postos de trabalho. Também houve alta no total de pessoas subutilizadas, que são aquelas desocupadas ou subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas ou na força de trabalho potencial. No primeiro trimestre, foram 33,2 milhões, o maior da série, com um aumento de 1,2 milhão de pessoas.

Os desalentados, que desistiram de procurar trabalho devido às condições estruturais do mercado, somaram 6 milhões de pessoas, ficando estáveis em relação ao último trimestre de 2020. O percentual permanece como maior patamar da série histórica.