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Preço da carne diminui 0,78% em outubro, mas continua à preço de ouro em Sena Madureira

Depois de meses sofrendo consecutivas altas, o preço da carne bovina voltou a cair, segundo o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). Porém em Sena Madureira o preço da carne bovina não sofreu nenhuma baixa nos preços segundo donos de açougues. “Muito pelo contrário, a carne ainda está à preço de ouro por aqui.” disse um açougueiro

Dados do instituto mostraram que o valor do item teve uma redução simbólica de 0,78% no mês de outubro. No entanto, o índice acumulado ainda representa um peso no bolso do consumidor, já que, somente este ano, o índice registrou alta 11,57%, além 21,51% a mais nos últimos 12 meses.

A redução do indicativo pode ser explicada pelo embargo da China, que deixou de comprar a carne do Brasil após animais terem sido diagnosticados com a doença da “Vaca Louca”, conforme explicou o economista Gilberto Braga. “A queda está associada com o embargo da China na carne bovina brasileira em razão das questões sanitárias. Esse embargo diminui a compra e por isso houve mais carne ofertada no mercado interno e isso é o que fez cair um pouquinho o preço da carne no atacado”.

Para ele, a diferença ainda não é perceptível aos olhos do consumidor, que está adaptado a preços muito menores. “Isso ainda não é muito aparente para o consumidor porque é como se, na prática, estivesse somente aumentando menos, já que a memória de preços ainda é de quando se comprava a carne muito mais barato”, acrescentou.

O economista e advogado Alessandro Azzoni ressaltou, ainda, que a queda no preço do item já estava no radar dos especialistas: “A gente já esperava que a o preço da carne fosse sofrer uma queda, devido a paralisação das exportações para a China. O que acontece é que os frigoríficos têm que fazer o abate do boi e, bem ou mal, a carne tem o seu prazo de validade, assim como o que já está estocado no supermercado. Então, dois fatores que eu percebo é o excesso de oferta desse produto que acabou ficando no Brasil e o estoque nos mercados, que agora devem diminuir os preços sabendo que vão comprar a carne por um valor menor”.

Já o frango, outro alimento comum na alimentação dos brasileiros, registrou mais um aumento no mês de outubro. Segundo o IPC/Fipe, a alta chegou a 1,26% durante o período. Somente este ano, a ave cumulou uma alta de 32,71%, enquanto nos últimos 12 meses o aumento atinge a marca de 39,57%.

“A questão do preço do frango já é da substituição da proteína. Como o preço da carne estava elevado, a maioria dos consumidores passaram a comprar o frango, então isso é uma questão de oferta e demanda. Tem também o fator do aumento da energia elétrica para manter as aviculturas, além do aumento da ração, que impactou também tem influencia nessa alta”, concluiu Azzoni.