BRASILIA, BRAZIL - NOVEMBER 11: Brazilian President Jair Bolsonaro speaks during the Presentation of Food Donation Program at Planalto Palace on November 11, 2021 in Brasilia, Brazil. The program Comida no Prato aims to connect companies who want to donate food with institutions that are able to receive them for distribution to those in need. The levels of poverty and hunger grew in Brazil in 2020 and 2021, fueled by the effects of the pandemic. (Photo by Andressa Anholete/Getty Images)
O crescimento nas pesquisas de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a filiação de Jair Bolsonaro ao PL geraram mudanças na corrida por governos estaduais em 2022. Apesar da polarização nacional, questões regionais continuam a se impor e devem gerar alianças curiosas, como o apoio petista a um candidato do PDT de Ciro Gomes no Ceará e uma frente que reunirá Bolsonaro e Sergio Moro (Podemos) em torno da reeleição do governador Ratinho Junior (PSD), do Paraná.
Fortalecidos pela ascensão do ex-presidente, petistas passaram a jogar mais duro com aliados como PSB; por conta da entrada do presidente, o PL começou a investir mais em disputas regionais e a ampliar para fora do Congresso a aliança com outros partidos do Centrão, em especial Republicanos e Progressistas (PP).
Parceiros do PT em muitas eleições, integrantes do PSB estão irritados com a insistência do partido de Lula em manter a candidatura do ex-prefeito paulistano Fernando Haddad ao governo de São Paulo.
Os socialistas querem o apoio petista a Márcio França, até como contrapartida a uma união nacional em torno do ex-presidente (o que incluiria a aceitação, pelo PSB, da eventual filiação do ex-governador Geraldo Alckmin, que seria o vice de Lula).
Para piorar, numa reunião no último dia 20 entre dirigentes e lideranças dos dois partidos, entre eles Lula, o PT apresentou a candidatura do senador Humberto Costa ao governo de Pernambuco, estado hoje administrado pelo PSB.