“Mona foi vítima de uma ignorância devastadora, todos nós somos responsáveis por esse crime”, protestou a cineasta feminista Tahmineh Milani, em sua conta no Instagram, depois que o vídeo se tornou viral.
Casamento infantil
Reagindo à tragédia, vários defensores de direitos humanos instaram as autoridades a reformarem a lei de proteção das mulheres contra a violência doméstica e a aumentarem a idade mínima para o casamento das meninas iranianas, atualmente fixada em 13 anos.
Segundo a mídia local, a vítima tinha apenas 12 anos quando se casou. Ela deixou um filho de 3 anos.
Para o advogado Ali Mojtahedzadeh, citado pelo jornal reformista Shargh, a lei tem “lacunas” no que diz respeito à proteção das mulheres. Não lhes concede independência e falha em “determinar racionalmente a idade legal do casamento para acabar com o casamento infantil”. Tudo isso “abre caminho para facilitar os assassinatos”, lamenta.
“Não há medidas concretas para garantir a aplicação de leis que visam prevenir a violência contra as mulheres”, reforçou a deputada Elham Nadaf.
“As mulheres pedem ao Parlamento que tome medidas urgentes para fechar algumas brechas legais e as autoridades devem se esforçar ao mesmo tempo para aumentar o nível de consciência da população”, declarou no Twitter o vice-presidente iraniano encarregado de Mulheres e Assuntos, Ensieh Khazali.
(Com informações da AFP)