O Gabinete do Alto Comissariado da ONU (Organização das Nações Unidas) para os Direitos Humanos disse em comunicado nesta sexta-feira (11) que continua “gravemente preocupado com o aumento do número de mortos e sofrimento humano na Ucrânia” e pediu “um fim imediato dos ataques”. O órgão disse ter registrado 564 mortes de civis e 957 feridos desde o início da invasão, “embora o número real possa ser muito maior”. “Civis estão sendo mortos e mutilados no que parecem ser ataques indiscriminados, com as forças russas usando armas explosivas com efeitos de ampla área dentro ou perto de áreas povoadas”, disse a porta-voz Liz Throssell, em um comunicado.
A Ucrânia tenta negociar a abertura de mais corredores humanitários para que civis escapem de áreas de conflito contra tropas russas, já que os ataques continuam a acontecer nesta sexta (11), dizem autoridades ucranianas. Acompanhe ao vivo a cobertura especial da CNN.
De acordo com a ministra da Reintegração do país, Iryna Vereshchuk, as negociações envolvem cinco rotas:
Vereshchuk disse ainda que outras tentativas serão feitas para permitir que as pessoas escapem dos combates em Kiev, com rotas da capital para destinos como Bucha, Gostomel, Kozarovychi e Mykulychi.
As principais cidades ucranianas, incluindo Dnipro e Lutsk, estão sendo “sujeitas a golpes devastadores”, disse Mykhailo Podoliak, assessor do chefe do gabinete do presidente ucraniano, nesta sexta-feira.
Segundo o Ministério da Defesa russo, “armas de longo alcance de alta precisão atacaram a infraestrutura militar da Ucrânia. Os aeródromos militares em Lutsk e Ivano-Frankovsk foram colocados fora de ação.”
O prefeito de Lutsk relatou explosões em um aeródromo da cidade, segundo a agência de notícias ucraniana UNIAN. Além disso, o Serviço de Emergência da Ucrânia disse também que uma pessoa na cidade de Dnipro morreu após três ataques aéreos no início da manhã, que atingiram um jardim de infância, um prédio de apartamentos e uma fábrica de calçados de dois andares.
O ministro de Defesa da Ucrânia, Oleksii Reznikov, acusou as forças russas de matarem mais civis do que soldados ucranianos. “Quero que isso seja ouvido não apenas em Kiev, mas em todo o mundo”, disse Reznikov em transmissão.