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“Não nos leve de volta a 1917”, diz empresário mais rico da Rússia a Putin

O ​​empresário mais rico da Rússia alertou o Kremlin contra o confisco de ativos de empresas que fugiram após a invasão da Ucrânia, dizendo que tal medida atrasaria o país em mais de 100 anos.

Vladimir Potanin, presidente da gigante de metais Norilsk Nickel e seu maior acionista, disse que a Rússia corre o risco de voltar aos dias tumultuados da Revolução de 1917 se fechar as portas para empresas e investidores ocidentais.

Ele aconselhou o governo russo a proceder com extrema cautela em relação à apreensão de bens.

“Em primeiro lugar, nos levaria de volta cem anos, até 1917, e as consequências de tal passo — desconfiança global da Rússia por parte dos investidores — experimentaríamos por muitas décadas”, disse ele em mensagem postada na conta do Telegram da Norilsk Nickel na quinta-feira (9).

“Em segundo lugar, a decisão de muitas empresas de suspender as operações na Rússia é, eu diria, um tanto emocional por natureza e pode ter sido tomada como resultado de uma pressão sem precedentes da opinião pública no exterior. Provavelmente elas irão voltar e, pessoalmente, eu manteria essa oportunidade aberta”, acrescentou.

Potanin é o bilionário mais rico da Rússia e ainda vale cerca de US$ 22,5 bilhões, segundo a Bloomberg, apesar de ter perdido cerca de um quarto de sua fortuna este ano com a queda das ações da Norilsk Nickel.