O Tribunal Superior Eleitoral avança com os preparativos para a realização do concurso unificado para Justiça Eleitoral em 2023. A previsão orçamentária será feita de maneira centralizada pelo TSE, que promoverá a escolha da banca organizadora da seleção.
Em ofício encaminhado, no final de março, aos Tribunais Regionais Eleitorais é informado que não é necessário que os TREs incluam no Orçamento de 2023 valores para o concurso unificado.
Folha Dirigida teve acesso ao ofício. Confira o teor a seguir:
Nesta primeira etapa, o TSE verifica com os Tribunais Regionais a necessidade de preenchimento de cargos vagos e de abertura de novo concurso. Essa análise ocorre desde meados de 2021.
O TRE do Piauí, por exemplo, suspendeu os trabalhos da comissão mediante a possibilidade do processo seletivo unificado.A informação foi confirmada pela ouvidoria do tribunal.
O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo também manifestou interesse em participar do concurso unificado.
Essa seleção funciona da seguinte forma: um único edital é publicado com oportunidades para o TSE e outros Tribunais Regionais Eleitorais pelo país, que apontem a necessidade de reposição de pessoal.
As vagas do concurso TREs 2023 devem contemplar as carreiras de técnico judiciário (nível médio) e analista judiciário (nível superior).
Os salários atuais para técnico são de R$8.501,45, incluindo o vencimento de R$3.163,07, a Gratificação por Atividade Jurídica (GAJ) de R$4.428,30 e o auxílio-alimentação de R$910,08.
Já para analista, os valores iniciais são de R$13.365,38, compostos pelo vencimento básico, de R$5.189,71, pela GAJ de R$7.265,59, e auxílio-alimentação de R$910,08.
Os servidores também têm direito a vários benefícios, como assistência médica e odontológica (R$215), adicional de qualificação (por nível de escolaridade superior ao exigido para a carreira), auxílio-creche (R$719,62 por dependente de até 5 anos). O regime de contratação é o estatutário, que garante estabilidade.
Um novo concurso unificado para Justiça Eleitoral pode acontecer 16 anos depois que a última seleção nesse estilo foi realizada. Em 2006, o Tribunal Superior Eleitoral divulgou um edital com 801 vagas , distribuídas entre os tribunais regionais.
As chances foram divididas da seguinte maneira:
A oferta foi para os cargos de técnico judiciário (nível médio) e analista judiciário (nível superior). No ato da inscrição, o participante deveria sinalizar a carreira e o tribunal que desejasse concorrer.
O último concurso unificado para Justiça Eleitoral teve lo Cebraspe (Cespe/UnB) como organizador. Os candidatos foram avaliados por diferentes etapas a depender da localidade das vagas. Veja a estrutura de provas:
As avaliações ocorreram nas capitais dos estados com vagas nos tribunais regionais e no Distrito Federal, no caso das oportunidades para o TSE. Os concorrentes tiveram que responder a questões sobre Conhecimentos Básicos e Específicos.
Vários Tribunais Regionais Eleitorais já estão sem concurso válido e podem aderir ao edital unificado.
A lista conta com vários estados, sendo: Acre, Amapá, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima, São Paulo, Sergipe e Tocantins.
Veja a seguir quais são os tribunais que não têm concursos vigentes: