Por Angélica Paiva
O deputado Gérlen Diniz (PP), voltou a denunciar a cessão da usina de asfalto de Sena Madureira para uma empresa privada.
“Neste exato momento está acontecendo um crime em Sena Madureira. Onde está o Ministério Público que não para em Sena Madureira, passa direto por Sena. Os crimes são diários, precisamos da intervenção do MPE”, disse o parlamentar pontuando irregularidades em relação à usina de asfalto.
Segundo ele, a usina avaliada em cerca de 3 milhões de reais está alugada para uma empresa privada por mil reais por mês. Um terreno de particular, foi alugado para a instalação da usina ao lado da Estação de Tratamento de Água e como o tanque é aberto, quando a usina está em funcionamento, deixa a água cheia de fuligem. Segundo o deputado, um protesto escrito foi enviado ao órgão ambiental que não viu problema.
A cessão da usina de asfalto da prefeitura para a empresa privada foi aprovada na Câmara de Vereadores do município, mas segundo Gérlen Diniz, os vereadores estão dispostos a revogar nesta quarta-feira (25).
O parlamentar que pediu a atuação dos órgãos de controle pontuou outras irregularidades, como a construção de uma rampa que teria custado meio milhão de reais e não resistiu à chuva. Segundo ele, o convênio da prefeitura com a Santa Casa para a realização de cirurgias só atende os eleitores do prefeito Mazinho Serafim (UB).
“Os crimes são diários. Não existe respeito aos princípios da administração pública. Um prefeito desses é criminoso e deveria ser preso, mas o que dizer do prefeito que mandou o carro da prefeitura buscar a mãe dele em Porto Velho e que teve em outra ocasião, seu próprio carro apreendido com cocaína pela Polícia Federal?”, disse Gérlen que explicou que as pessoas em Sena Madureira têm medo de falar. “O vereador Josandro fez uma critica ao prefeito e foi agredido pelo segurança dele”.
O ex-líder do Gladson Cameli na Assembleia Legislativa alertou ainda para a contratação de terceirizados. Segundo ele, às vésperas da eleição, o número de terceirizados triplica nessa época para garantir votos.
A deputada Meire Serafim, esposa do prefeito Mazinho Serafim de Sena Madureira, ocupou a tribuna para defender o marido das acusações.
Segundo ela, a usina foi cedida para a empresa com o aval da Câmara dos Vereadores porque a prefeitura não tinha condições de arcar com o custo de 25 mil reais por mês para manter a usina em funcionamento.
“Sobre esse caso da caminhonete apreendida com droga eu quero esclarecer que eu estava na caminhonete quando isso ocorreu. Eu tinha vindo de Sena Madureira para fazer uns exames e à noite fui à casa da minha filha. Foi nesse momento que o motorista colocou a droga no carro. Ele vinha sendo investigado e nós não sabíamos. O motorista assumiu o crime e foi preso. Mas também é crime difamar as famílias, deputado Gérlen. Nem eu nem o meu esposo, a gente não tem culpa nesse caso da droga”, disse Meire Serafim com a voz embargada pelo choro.