Após 30 anos da morte do governador Edmundo Pinto, em São Paulo, no luxuoso Hotel Della Volpe, o crime ainda é um mistério e a dúvida ainda paira na cabeça dos acreanos, se foi latrocínio, como alega a Polícia Civil de São Paulo e o Ministério Público paulista, ou se foi crime de pistolagem.
Para os membros da CPI da Pistolagem, instalada na Câmara dos Deputados, na época, não restam dúvidas: Edmundo Pinto foi morto por encomenda. As afirmações contundentes são do ex-deputado Edmundo Galdino, relator da CPI.
Galdino foi categórico ao dizer que o governador acreano teve a morte encomendada. “Esta Comissão se deslocou-se a São Paulo, diligência, e interrogou os acusados pela morte de Edmundo Pinto: dessa diligência e da análise que houve, mas um crime de pistolagem, apesar do entendimento do Ministério Público e da Justiça paulista de que se tratou de latrocínio”, disse o relator ao não acredita que o caso foi um roubo, seguido de morte. “Parece evidente que quem mata para roubar não deixa de levar o relógio caríssimo que a vítima ostentava no pulso, e nem “esquece” os milhares de dólares que estavam na gaveta”.
Edmundo Galdino aponta, ainda, que a investigação sobre a morte de Edmundo Pinto foi feita com “demasiada pressa”, com objetivo de punir apenas os matadores e não os mandantes do crime.
Nesta terça-feira, 17, a pedido da família, a Diocese de Rio Branco realiza uma missa na Catedral Nossa Senhora de Nazareth, a partir das 19 horas. O momento religioso deve reunir familiares, amigos, políticos e autoridades, além de ser aberta ao público. O convite vem sendo feito há semanas pela família de Edmundo Pinto, considerado o governador de todos os acreanos.
O material desta reportagem está no acervo do Centro de Documentação Histórica da Câmara dos Deputados. Em 2019, ele foi relatado pelo jornal A Gazeta e o Notícias da Hora reproduz agora, introduzido novos elementos sobre o caso.