O Acre está entre os estados com o maior preço do botijão de gás de 13 quilos. A Agência Nacional de Petróleo consultou 25 pontos de revenda de gás de cozinha no estado acreano e a média do valor é de R$ 130,11.
No ranking do país, o Acre aparece em terceiro lugar com o valor mais caro do produto, ficando atrás somente de Rondônia (R$ 132,69) e Mato Grosso (R$ 134,86). Os dados levaram em conta o período de 12 a 18 de junho.
Ainda conforme a ANP, o preço mínimo do gás encontrado no Acre é de R$ 123 e o máximo chega a R$ 145. No caso da capital acreana, Rio Branco, o botijão de 13 quilos custa, em média, R$ 129,67 e na segunda maior cidade do Acre, Cruzeiro do Sul, é encontrado a R$ 132.
Valor médio do botijão de 13 quilos por unidade da Federação — Foto: Reprodução
A autônoma Maria de Lourdes Soares, que trabalha há 40 anos com a venda de café da manhã e lanche na região do Centro de Rio Branco, disse que usa duas botijas de gás por mês e que tem sido cada vez mais difícil obter lucro com o empreendimento.
“Está tudo muito caro, a gente aumenta muito pouco o preço dos produtos, mas as coisas aumentam muito e não temos como acompanhar, fica só mais difícil para nosso ramo a cada dia. A gente vai tentando como pode, aumenta um pouco, porque não é só o gás, tem que ter muita fé em Deus para continuar. É pouco lucro”, disse.
Vendedora de comida há mais de 14 anos, Alzira Apolinário contou que usa dois botijões de gás por semana e que já pensou em desistir do trabalho por conta dos altos custos de manutenção.
“A gente que trabalha tenta manter o valor para o cliente, mas é a carne, o gás, gasolina, tudo aumenta. A vontade é de parar, mas infelizmente a gente não tem outra coisa pra fazer, porque todo dia aumenta tudo e se a gente aumenta, as pessoas não procuram entender, reclamam. É difícil pra gente trabalhar com qualidade.”
Os beneficiários do vale-gás recebem, a cada dois meses, o valor correspondente a 50% do preço médio nacional de revenda do botijão de 13 kg de gás liquefeito de petróleo (GLP).
No entanto, o valor de R$ 53 pago neste mês de junho não cobre nem a metade do valor do botijão de 13 quilos no Acre. O benefício só cobre 40% do valor do produto no estado.
Quem tem direito?