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Fiocruz reafirma tendência de crescimento das síndromes gripais no Acre

O novo Boletim InfoGripe Fiocruz, divulgado nesta terça-feira (21) mostra que o Acre está entre os 17 Estados que apresentam indícios de crescimento na tendência de longo prazo. Além do Acre, Alagoas, Amazonas, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, Santa Catarina e São Paulo se enconram nessa condição.

Os demais apresentam sinal de estabilidade ou queda na tendência de longo prazo. No Rio Grande do Sul, em particular, observa-se também o aumento nos casos positivos para gripe em diversas faixas etárias.

Quanto às capitais, 19 apontam para sinal de crescimento na tendência de longo prazo e Rio Branco está nesse grupo. O boletim aponta que os casos de Covid-19 já correspondem a 71,2% das ocorrências de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no Brasil nas últimas quatro semanas.

Com manutenção do sinal de crescimento de SRAG desde a Semana Epidemiológica (SE) 16, as estimativas apontam para 8,1 (7,2 – 9,0) mil casos na SE 23 (período de 5 a 11 de junho de 2022). A curva nacional mantém sinal de crescimento nas tendências de longo (últimas seis semanas) e curto prazo (últimas três semanas).

A análise sinaliza predominância na população adulta. Em crianças pequenas (0 a 4 anos) observa-se o predomínio do vírus sincicial respiratório (VSR), seguido de Sars-CoV-2 (Covid-19), rinovírus e metapneumovírus. Nas demais faixas etárias o Sars-CoV-2 é predominante entre os casos com identificação laboratorial.

Nas quatro últimas semanas epidemiológicas a prevalência entre os casos positivos foi de 3,5% para influenza A, 0,3% para influenza B, 12,7% para vírus sincicial respiratório e 71,2% para Sars-CoV-2. Nesse mesmo período a prevalência entre óbitos para os resultados positivos para vírus respiratórios foi de 2,6% para influenza A, 0% para influenza B, 2,3% para vírus sincicial respiratório (VSR) e 91,9% para Sars-CoV-2.

Este ano, 27.302 óbitos de SRAG foram registrados, sendo 20.890 (76,5%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 5.074 (18,6%) negativos e ao menos 561 (2,1%) aguardando resultado laboratorial. Desse total, 3,6% são de influenza A, 0,1% de influenza B, 0,7% de vírus sincicial respiratório (VSR) e 96,4% de Sars-CoV-2.

As síndromes gripais mataram ao menos dez crianças no Acre nas últimas semanas, uma situação piorada com a precariedade e descaso do sistema de saúde.