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MS está no Acre por tempo indeterminado para investigar casos de síndromes respiratórias

Equipe do MS fica no Acre sem prazo definido. Foto: cedida

Diante da atual emergência em saúde pública no Acre, o Departamento de Vigilância em Saúde (DVS) solicitou, junto ao Ministério da Saúde (MS), apoio de uma equipe de investigação de campo para auxiliar na apuração epidemiológica das síndromes respiratórias agudas graves (Srags).

A vinda da equipe está sendo coordenada pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) da Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre). No cronograma, os técnicos do MS se reuniram com as divisões e núcleos de vigilância, e nesta segunda-feira, 27, pela manhã, realizam uma conversa com a Secretaria de Saúde de Rio Branco.

“Os técnicos devem permanecer o tempo que for necessário para fazer todas as averiguações necessárias. Eles farão visitas à Secretaria Municipal de Saúde e unidades de saúde do estado onde está havendo atendimento de síndrome respiratória”, explicou o chefe do Departamento de Vigilância em Saúde, Gabriel Mesquita.

Histórico

Segundo o boletim Info Gripe, da Fundação Oswaldo Cruz, desde a Semana Epidemiológica 19, de 8 a 14 de maio, 17 das 27 unidades federativas apresentam sinal de crescimento na tendência de longo prazo: AC, AL, AM, AP, CE, MG, MS, MT, PB, PE, PR, RJ, RN, RR, RS, SC e SP.

Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos com o resultado positivo para vírus respiratórios foi de 3,2% para influenza A, 0,4% influenza B, 36,5% vírus sincicial respiratório, e 41,8% SARS-CoV-2 (covid-19). Entre os óbitos, a presença desses mesmos vírus entre os positivos foi de 4,6% para influenza A, 0,7% influenza B, 6,6% vírus sincicial respiratório (VSR), e 79,5% SARS-CoV-2 (covid-19).

No Estado do Acre, este ano está havendo nas unidades-sentinelas a predominância de vírus sincicial respiratório (VSR), com 137 resultados positivos, em segundo lugar a influenza A (77 positivos). Nos meses de maio e junho, foram registrados nove óbitos em crianças entre 0 e 5 anos de idade.

No dia 17 de junho, o governo do Acre confirmou a abertura de uma sindicância para apurar e tomar providências administrativas referentes às crianças vítimas de síndrome respiratória aguda grave.