Pesquisa feita pelo Instituto Ideia, divulgada nesta terça-feira (21/6), aponta que 62% dos brasileiros relatam ter presenciado algum tipo de ação de facções criminosas nos locais onde vivem. Do total, 29% afirmam que a atuação desses grupos é baixa. Apenas 9% não identificaram a presença de criminosos na região.
Sobre a sensação de insegurança no bairro onde moram, 56% afirmaram ter medo de andar nas ruas durante a noite, e somente 20% disseram não sentir medo. O levantamento também questionou se os entrevistados se sentem mais seguros agora do que há um ano. Apenas 20% concordaram, enquanto 53% discordaram.
A pesquisa também revelou que 51% dos entrevistados têm medo de sofrer violência policial. A maioria (55%) relata ter medo de ser atingida por bala perdida na cidade onde vive.
O levantamento foi revelado pelo colunista Chico Alves, do Uol.
Armas
Em relação às medidas de proteção contra violência, a maioria (58%) discorda quando questionada se a sociedade seria mais segura caso todas as pessoas andassem armadas. Apenas 16% concordam com a medida.
Para 46%, possuir posse de arma não faria com que a segurança aumente e 68% nunca cogitaram adquirir armas para proteção própria.
Sobre a atuação da polícia, 57% responderam não acreditar que a sociedade seria mais segura caso os policiais matassem mais suspeitos. No entanto, 41% concordam com a frase “bandido bom é bandido morto”.
Os que discordam em relação ao uso de tortura como método para extrair informações de presos são 54%, e 16% se declararam a favor. Uma parcela de 38% concorda que quanto mais pessoas presas, mais segura a sociedade está.
Responsabilidade
A pesquisa também mediu a percepção do brasileiro sobre a responsabilidade de agentes públicos em relação à segurança. Para 44%, a culpa é dos governos dos estados, enquanto 15% atribuem a responsabilidade ao presidente da República. Outros 17% acreditam que as prefeituras são as responsáveis pela questão.
O levantamento foi feito para o Fórum Brasil UK 2022, que ocorre nos dias 25 e 26 de junho, na Universidade de Oxford, na Inglaterra. Foram ouvidas 1.552 pessoas entre 31 de maio e 9 de junho. A margem de erro é de 2.85% para mais ou para menos.