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Chefe do Comando Vermelho pede para deixar segurança máxima e voltar ao seu estado

Um dos fundadores do Comando Vermelho (CV) em Mato Grosso pode deixar unidade de segurança máxima federal no Paraná e voltar para o Estado. Juiz da Vara de Execuções Penais, Geraldo Fidelis, determinou que a Secretaria Adjunta de Administração Penitenciária se manifeste acerca do recambiamento do líder da facção. Cumprindo pena em presídio federal de Catanduvas (PR), Miro Arcangelo Gonçalves de Jesus, alega, através de sua defesa, que Mato Grosso agora tem um presídio de segurança máxima, razão pela qual pede a transferência.

Desde o final de junho, Mato Grosso passou a contar com 54 celas de segurança máxima na Penitenciária Central do Estado (PCE). A ala foi construída para abrigar principalmente membros de facções. “Miro Louco” ou “Gentil” – como Miro também é conhecido – é considerado um dos membros do Conselho Final do CV no Estado.

Fidelis salienta que Mato Grosso está às vésperas de zerar o deficit de vagas no sistema prisional. Ainda que a construção da ala de segurança máxima possa ser utilizada para o recolhimento de recuperandos cujo perfil o recomendarem. O juiz pondera que o retorno de Miro para a comarca de Cuiabá dependia da existência de local adequado.

“Ao que tudo indica, faz parte do passado. Desta feita, à SAAP, a fim de que, no prazo de cinco dias, informe acerca da viabilidade de retorno do penitente para essa localidade, nos termos requeridos pelo parquet. Com a juntada da informação, ao Ministério Público e, conclusos”, confirma o magistrado.

Unidade de segurança

As novas instalações da PCE foram erguidas em uma área de 1.855 metros quadrados e dispõem de 54 celas, sendo 46 individuais e 8 duplas, totalizando 62 vagas, além de celas especiais para receber presos com curso superior.

A facção

Na denúncia da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) durante a “Operação Assepsia” destacou-se que o CV em Mato Grosso foi idealizado por Sandro da Silva Rabelo, o “Sandro Louco”; Renato Sigarini, o “Vermelhão”; Renildo Silva Rios, o “Negão” e Miro.