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Conselheiro tutelar é preso após mãe notar ‘tristeza’ na filha e descobrir estupro em SP

Um ex-conselheiro tutelar de 59 anos foi preso por estuprar a enteada há seis anos em Peruíbe, no litoral de São Paulo. A menina, na época, tinha entre sete e oito anos. Ele se apresentou na Delegacia de Polícia de Defesa da Mulher de Peruíbe e confessou o crime.

Segundo apurado pelo g1 nesta quinta-feira (8), o homem era investigado pela DDM da cidade há bastante tempo. Na semana passada, a prisão temporária do suspeito acabou sendo decretada. Ele se apresentou na delegacia com o advogado.

Na época do crime, a menina tinha entre sete e oito anos. Mas, ela só decidiu contar os casos neste ano, depois que a mãe começou a perceber um comportamento estranho. “A menina demonstrava uma certa tristeza, a mãe foi questionar o que estava acontecendo e ela acabou falando que foi alvo de manipulação por parte do ex-companheiro da mãe, no caso, o padrasto dela”, contou o delegado Jaime Nogueira.

Segundo o delegado, durante o depoimento o suspeito confessou o crime que aconteceu há cinco anos. “Ele diz que realmente aconteceu, duas ou três vezes, que é a versão dele. Realmente falou que não houve contato sexual, foi manipulação mesmo. É a versão dele”, disse.

O homem está preso temporariamente e vai responder por estupro de vulnerável. Ele era ex-companheiro da mãe da vítima, com quem morou por quatro anos.

O suspeito foi conselheiro tutelar na cidade por sete anos. Segundo a Prefeitura de Peruíbe, o homem atuou como conselheiro tutelar entre 2009 e 2016. De acordo com as investigações, não há boletim de ocorrência contra ele durante esse período.

Em nota, o Conselho Tutelar de Peruíbe disse que “como é de conhecimento público, o suspeito autor dos fatos não faz parte do atual colegiado do município de Peruíbe.” Pontuou também que informações pertinentes ao caso estão sob sigilo, pela integridade física e moral das vítimas.

Já a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) disse que detalhes sobre o caso serão preservados devido à natureza do crime e por envolver menor de idade. “As investigações prosseguem, foi pedido uma oitiva especial para a menor. Ele vai ficar preso durante 30 dias. Após esse período, a gente provavelmente vai pedir a prisão preventiva dele”, afirmou o delegado.