Após quatro meses, obras no Hospital da Criança iniciam em Rio Branco e previsão é de entrega até janeiro de 2023

As obras no Hospital da Criança de Rio Branco iniciaram há cerca de 15 dias e a previsão de entrega é para janeiro de 2023. A informação foi repassada ao g1 pela gerente-geral do Sistema Assistencial da Saúde da Mulher e da Criança (Sasmc), Laura Pontes.

As instalações e pacientes do Hospital da Criança de Rio Branco foram transferidos para o prédio do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Acre (Into-AC) no dia 11 de junho deste ano, em meio ao aumento das internações de crianças com síndromes respiratórias.

Laura informou que, inicialmente, foi feita a parte burocrática e de projeto e este mês de outubro as obras, de fato, foram iniciadas no hospital e também na Maternidade Bárbara Heliodora.

“Estão refazendo a parte estrutural, encanação, banheiros e vão mexer ainda com a parte da fiação. Mas, posso assegurar que já foi iniciada a obra, estou acompanhando. Começaram justamente pela parte de encanação, tubulação, e depois vão para a parte elétrica. É uma revitalização completa do hospital e também da maternidade. A obra da maternidade a entrega vai ser agora em novembro, mas o Hospital da Criança, como começou um pouco depois da maternidade, acredito que só em janeiro que finaliza”, disse a gerente.

Antes da reforma, o Hospital da Criança tinha 37 leitos de enfermaria, 10 unidades de terapia intensiva (UTIs), quatro UCIs e três leitos de isolamento. Segundo a gerente, a ideia é aumentar essa capacidade de atendimento, uma vez que atualmente no Into a unidade está funcionando com um número maior de leitos. No Into, são 50 leitos de enfermaria, 20 de UTI e seis de isolamento.

“Estamos estudando estratégias para poder fazer essa ampliação e para que não prejudique nada. Então, isso vai demandar um pouco de tempo, porque tem que ter recursos também para fazer essas adaptações”, concluiu.

O Into chegou a ser referência no atendimentos de pacientes infectados pelo novo coronavírus no estado. No final do mês de março deste ano, com a redução de casos da doença no estado, a unidade deixou de oferecer tratamento contra a Covid-19 e passou a funcionar como um complexo da Fundação Hospitalar (Fundhacre).

Ação civil do MP
Em abril deste ano, o Ministério Público do Acre ingressou com uma ação civil pública, com pedido de liminar, pedindo melhorias estruturais no Hospital da Criança e na Maternidade Bárbara Heliodora, em Rio Branco. O MP-AC instaurou ainda dois inquéritos civis que apuram irregularidades detectadas nos dois prédios.

Conforme o órgão municipal, foram identificados os seguintes problemas:

Deficiência nas instalações de prevenção e combate a incêndio e pânico;
Irregularidades estruturais graves no complexo hospitalar;
Necessidade de instalação de extintores;
Correção no sistema de hidrantes e no sistema de alarme de detecção de fumaça.
Uma equipe do Núcleo de Apoio Técnico (NAT) também apontou em outro relatório que falta: gerenciamento de resíduo de serviços de saúde, infiltrações e inadequação nas instalações elétricas, indícios de contaminação do sistema de fornecimento de água potável com água de drenagem pluvial, vazamento de esgoto e despejo de material no igarapé da maternidade.

Com isso, o MP-AC pede que o Estado faça as adequações exigidas pelo Corpo de Bombeiros do Acre, em até seis meses, e corrija as falhas estruturais nos dois prédios para garantir o melhor atendimento. Foi solicitado também a apresentação de documentos como:

Licença ambiental;
Alvará indicando adequação quanto às normas de prevenção contra incêndio e pânico emitido pelo Corpo de Bombeiros;
Alvará sanitário;
Termo de habite-se.

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