Em várias culturas, a ponte tem diversas simbologias. Para os moradores da Sibéria, a conexão direta do bairro com o centro de Xapuri significa, concretamente, qualidade de vida, acesso facilitado a saúde, segurança, educação e comercialização de produtos agrícolas.
Com a parceria do Departamento de Estradas de Rodagem do Acre (Deracre) e do Consórcio Rio Acre, o bloco de apoio central AP-5 da Ponte da Sibéria, sobre o Rio Xapuri, está na terceira etapa de concretagem.
A ponte é uma demanda de 50 anos dos moradores da comunidade, que recebeu a denominação exatamente por analogia à porção mais distante e isolada da Rússia. A realização da obra pelo governo do Estado expressa mudança e benefícios para mais de 19 mil habitantes da “Princesinha do Acre”, Xapuri.
Com a estrutura, as adversidades na travessia têm os dias contados para a população local. “Às vezes a balsa fica encalhada ou o motor não funciona direito”, conta o estudante Gabriel Alvez, do Instituto Federal do Acre (Ifac).
O aluno ainda enfatiza que tem fé que a Ponte da Sibéria seja realizada: “Só assim não passaremos pelas dificuldades durante a travessia da balsa. Já perdi compromisso na escola”, relatou.
Com quatro meses de obra, o engenheiro civil Leandro Braga, do consórcio, destaca: “Estamos dentro do cronograma esperado para a conclusão da ponte, que tem 363 metros de extensão e irá beneficiar muitas pessoas. A previsão é de entregar em meados de dezembro de 2023”.
Servidor do Deracre no auxílio da travessia da balsa, Jailson Oliveira conta: “Trabalho há dois anos na balsa e quando chove a situação fica crítica para todos nós”.
O trabalhador ainda diz que a Ponte da Sibéria traz benefícios já que na construção da obra, já tem a oferta de postos de trabalho.
Professora do ensino regular na zona urbana, Lubimila da Silva relata: “Teremos 100% de mudança, principalmente na saúde, pois quando há emergências ou consultas temos dificuldades de sair, já que a balsa não funciona 24 horas por dia”.
A professora ainda destaca que, com a construção da ponte, a comunidade vai ter livre acesso nos deslocamentos ao Centro, além de ter maior assistência nas políticas públicas do Estado.