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Seca faz rio Solimões ‘desaparecer’ em comunidade e travessia pode ser feita a pé

O Rio Solimões está em período de seca, no interior do Amazonas, e atingiu a marca de 1,5 metros de altura. Em uma comunidade ribeirinha de Tefé, a 523 km de distância de Manaus, bancos de areia tomam conta do espaço onde, antes, corria água e, agora, é até possível fazer a travessia a pé. As comunidades que ficam às margens do rio estão isoladas.

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Com o atual nível do Rio Solimões e do lago de Tefé, o município já decretou situação de emergência e o fenômeno gera impactados no cotidiano da população.

Barcos de grande porte não conseguem mais chegar ao município, somente embarcações pequenas e lancha.

“Estamos tendo dificuldade, temos que parar em um ponto distante da cidade e acionar embarcações menores para buscarem suas mercadorias”, afirma Valdir Oliveira comandante de uma embarcação de mercadorias.

Tefé tem 116 comunidades ribeirinhas, algumas já estão isoladas, como a Comunidade Porto Praia que fica a 19 km da sede município. Com a seca, bancos de areia surgiram e tomaram conta do espaço aonde o rio passava.

Além do isolamento, os moradores da região sofrem com o abastecimento de água potável. Bombas d’água e poços artesianos estão parados. Para minimizar o problema, ribeirinhos transportam garrafões de água da sede do município.

O número de doenças intestinais aumentou em aldeias, segundo os moradores.

“Muitos ribeirinhos estão tendo diarreias principalmente crianças, pois por consequência da seca eles estão consumindo água não tratada e contaminada”, afirma Francinete de Souza, enfermeira das comunidades ribeirinhas.

A Defesa Civil de Tefé informou que está monitorando ações nas comunidades da região para verificar as necessidades do momento e que cestas básicas estão sendo entregues às famílias afetadas pela seca.