Em 7 de novembro é comemorado o Dia do Radialista, classe profissional que leva ao público informação, entretenimento e novidades por meio das ondas sonoras. Por isso o governo do Acre, por meio da Secretaria de Comunicação (Secom), celebra a data homenageando esses comunicadores tão essenciais no processo de desenvolvimento do estado.
A profissão foi regulamentada em 1978 pela federal 6.615 e abrange várias funções, como redação, direção, roteirização, elaboração de pautas, apresentação, narração e locução.
No Acre, os radialistas do Sistema Público de Comunicação desempenham diariamente a importante tarefa de levar até a população a notícia com credibilidade, desde a capital até os rincões do estado, com audiência garantida pelos ouvintes, que por vezes dispõem apenas do rádio como meio de conexão com o mundo.
As rádios Difusora AM e Aldeia FM, que fazem parte do Sistema Público, têm recebido investimentos do governo em estrutura e equipamentos, para melhoria na qualidade do serviço prestado. O resultado é o aumento da audiência e o retorno dado pelos ouvintes, tanto da zona urbana quanto da rural. Em Rio Branco, a Difusora Acreana será a próxima a passar por reformas estruturais.
A secretária de Comunicação do Estado, Nayara Lessa, destaca a importância de se comemorar a data e ressalta os avanços no Sistema Público de Comunicação realizados pelo governo.
“A rádio é o veículo de comunicação com mais abrangência no estado, por isso é tão significativo celebrar esta data. Agradecemos muito a dedicação e a paixão com que esses profissionais desenvolvem suas funções, e agradecemos também o modo humano do governador, que na medida do possível tem atendido as demandas da Comunicação. Todas as melhorias que estão sendo feitas certamente nos auxiliam na realização de um trabalho qualificado”, observa Nayara.
O radialista Gilberto Braga trabalha há 22 anos na área, sendo 16 na Difusora de Feijó. Ele destaca que desde criança ouvia a Rádio Nacional e agora, como profissional, coloca-se no lugar do ouvinte, o que o faz obter certa familiaridade junto ao seu público, em grande maioria na zona rural.
“Me preocupo com a música, tempo de comercial; a gente tenta balancear, para que o ouvinte que está acompanhando a programação possa sentir-se bem, valorizado”, diz.
Braga observa ainda que os radialistas são considerados referenciais da verdade, o que reitera o compromisso de informar a população. “Procuramos ter neutralidade naquilo que falamos, não para que levemos a nossa opinião, mas a opinião daquilo que se torna verdade. Foi o rádio que me deu o sustento, que me deu visão de mundo”, ressalta.
O radialista e coordenador da Aldeia FM, Jairo Carioca, afirma que “rádio é uma paixão nacional, representa cidadania a quem mais precisa, quem está distante, em regiões remotas. O interior do Acre escuta muito rádio, e a pandemia acabou trazendo muita gente de volta à sintonia das ondas sonoras”.
Um dos mais antigos radialistas do estado, Raimundo Accioly tem mais de 30 anos de atuação. Trabalhando atualmente nas rádios Difusora , Aldeia e Nova Era, ele fala do comprometimento com o público e o amor, dos quais não abre mão para exercer a profissão.
“O rádio é uma paixão, representa tudo na minha vida, por me permitir servir ao povo e ao meu município através da comunicação popular, responsável e solidária”, afirma.
Também Léo Costa é um profissional experiente, atuando há quase 30 anos na Rádio Aldeia FM 90,3, em Brasileia. Para o locutor, seu trabalho é uma oportunidade única de levar a informação aos lugares mais longínquos, onde o rádio é um dos principais meios de comunicação.
“O rádio é mágico, entramos na vida das pessoas através dele. Aqui nosso público é misto, por se tratar de uma rádio do interior, temos um público forte da zona rural também”, afirma Costa.
Já Nonato Costa está há 17 anos na Aldeia FM de Cruzeiro do Sul e atua há 47 na profissão. O perfil médio de sua audiência, que atinge vários públicos, é mais forte na zona rural e está situado na faixa acima dos 35 anos de idade.
O decano afirma que ser radialista é muito gratificante, uma vez que o ofício representa uma força muito expressiva no atendimento das reivindicações do cidadão. “Acabamos sendo o grande escape da população, notadamente daquelas pessoas mais humildes, que precisam das instituições do poder público. Através do nosso trabalho, pela rádio, a gente consegue fazer uma ponte”, frisa.
Ingresso na área de comunicação na década de 80, como auxiliar de um programa na Difusora Acreana, Ivan de Carvalho, hoje repórter e radialista, continua na emissora, com uma programação diversificada, que alcança vários tipos de público.
“É um sonho realizado, pois eu já praticava a locução na minha casa, treinava com uma caixinha de som amplificada. Ser ouvinte é uma coisa, mas estar à frente de um microfone, na condução de um programa, uma reportagem, é uma responsabilidade; tem que se ter seriedade no que a gente faz para ganhar o crédito do ouvinte”, diz.