A Reserva Extrativista Chico Mendes (Resex), no interior do Acre, foi a unidade de conservação federal mais ameaçada e pressionada pelo desmatamento da Amazônia entre julho e setembro deste ano. Símbolo da luta pela floresta, a área protegida liderou um ranking dos dez maiores territórios protegidos sobre pressão e ameaças.
Desse total, sete áreas ficam no estado do Pará. Os dados compõem o levantamento trimestral feito pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). A análise utilizou informações disponibilizadas pelo Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD).
Segundo o instituto, para que uma área protegida esteja classificada como ameaçada é preciso que ocorra a ação de desmatamento em uma zona de vizinhança de até 10 quilômetros de distância. A área protegida entra no quadro de pressionada quando o desmatamento se manifesta no interior da reserva, levando a perdas de serviços ambientais e até mesmo à redução ou redefinição de limites da área.
De julho a setembro, o estudo detectou um total de 4.280 km² de desmatamento na Amazônia. Das 3.969 cédulas que registraram ocorrências, 60%, um total de 2.395, indicaram ameaça e outras 40%, cerca de 1.574, pressão nas unidades de conservação federal.
Apenas em setembro, o SAD mostrou que a Resex Chico Mendes teve 26 km² de desmatamento. O dado corresponde a 18% da área total desmatada em todo o Acre, que foram derrubados 140 km² de floresta.
Ranking das áreas protegidas pressionadas:
Ranking das áreas protegidas ameaçadas: