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Dupla é condenada a mais de 40 anos por latrocínio contra bombeiro morto com tiro na cabeça

A Justiça condenou os réus Alcicley Figueiredo de Medeiros e Rodrigo Filgueira do Nascimento a penas que, somadas, ultrapassam os 40 anos de prisão pelo crime de latrocínio – roubo seguido de morte – contra o bombeiro civil Kemersson Ramon Barroso, de 33 anos. O crime ocorreu em janeiro do ano passado, em Rio Branco.

A vítima foi morta com um tiro na cabeça ao ser rendida quando chegava em casa, na Travessa Globo, no bairro Bahia Velha. O g1 não conseguiu contato com a defesa dos réus até última atualização desta reportagem.

A investigação apontou que os acusados tinham a intenção de roubar a arma do bombeiro e, ao perceberem que ele não tinha o objeto, mandaram que ele deitasse no chão e efetuaram o disparo.

Conforme a decisão, assinada pelo juiz Gustavo Sirena, da Vara de Delitos de Roubo e Extorsão da Comarca de Rio Branco, Alcicley Medeiros foi condenado a 24 anos e 9 meses de prisão e Rodrigo Nascimento recebeu uma pena de 20 anos de prisão.

Os dois devem cumprir a sentença em regime inicial fechado e sem direito de recorrerem em liberdade. A condenação ainda cabe recurso.

Após as investigações, a Polícia Civil pediu pela prisão dos dois suspeitos, que teriam agido na companhia de um menor de idade e os mandados foram cumpridos em março deste ano. Um dos acusados foi preso na região da Baixada da Sobral bairro Bahia Nova e o outro mandado foi cumprido na Unidade Prisional de Rio Branco.

Na época da prisão, o delegado responsável pelo caso, Ricardo Casas, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), disse que os dois foram indiciados pelo crime de latrocínio, uma vez que a morte se deu durante uma tentativa de roubo.

“Confirmamos o latrocínio pelo depoimento dos próprios autores. Eles disseram que foram para roubar e que no momento do roubo acharam que a vítima iria sacar uma arma por conta de um movimento que fez e nisso eles efetuaram o disparo na vítima”, disse o delegado.

Inicialmente, o inquérito foi distribuído à 2ª Vara do Tribunal do Júri e Auditoria Miliar, mas por se tratar de latrocínio, o processo foi remetido à Vara de Delitos de Roubo e Extorsão de Rio Branco.

No dia do crime, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência e Emergência (Samu) foi acionado, fez os primeiros atendimentos no local e depois levou Barroso para Pronto Socorro, onde ele não resistiu e morreu.