O presidente eleito Lula (PT) anunciou na manhã desta sexta-feira (9) os nomes de cinco ministros do futuro governo. Foram anunciados:
Fazenda: Fernando Haddad, ex-prefeito de São Paulo e ex-ministro da Educação;
Casa Civil: Rui Costa, governador da Bahia;
Defesa: José Múcio Monteiro, ex-deputado e ex-ministro do Tribunal de Contas da União;
Justiça: Flávio Dino, ex-governador do Maranhão e senador eleito;
Relações Exteriores: Mauro Vieira, diplomata e ex-chanceler.
O anúncio aconteceu no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) em Brasília, onde atua a equipe de transição de governo.
No anúncio, Lula disse que, embora não tenha anunciado mulheres nem negros neste momento, o ministério terá mulheres e negros.
Segundo o presidente eleito, anunciará nas próximas semanas os nomes de mais ministros.
Balanço da transição
Antes da entrevista de Lula, o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin, coordenador da transição, fez uma espécie de balanço, informando como atuaram os grupos de transição durante as últimas semanas.
Segundo Alckmin, os relatórios finais dos grupos temáticos serão apresentados na próxima semana.
“O relatório final terá um diagnóstico de cada área, alertas para os primeiros meses de governo, […] as emergências orçamentárias, sugestões de revogações em cada área, propostas de estrutura para cada área e ações prioritárias”, declarou Alckmin.
Ao comentar o assunto, Lula disse ter sido a transição “mais democrática” da história das transições de governo no país.
Definição do ministério
Na semana passada, Lula chegou a dizer que só iria anunciar os nomes dos futuros ministros após a diplomação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), marcada para o próximo dia 12.
No entanto, nesta quinta (8) a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou que os primeiros nomes já seriam divulgados nesta sexta (9).
Ao longo das últimas semanas, diversos nomes foram mencionados como cotados para as pastas, entre os quais: Fernando Haddad (Fazenda), José Múcio Monteiro (Defesa), Simone Tebet (Desenvolvimento Social), Rui Costa (Casa Civil), Marina Silva (Meio Ambiente), Mauro Vieira (Itamaraty) e Margareth Menezes (Cultura).
PEC da Transição
A montagem do futuro governo acontece em meio às articulações da equipe de Lula para aprovar no Congresso Nacional a proposta conhecida como PEC da Transição.
Entre outros pontos, a proposta retira do teto de gastos as despesas com o Auxílio Brasil (que voltará a se chamar Bolsa Família).
O governo eleito afirma que a medida é necessária para garantir o pagamento de R$ 600 mensais mais R$ 150 por criança de até seis anos. O Orçamento proposto pelo governo Jair Bolsonaro garante R$ 400 mensais.
O texto passou no Senado com 64 votos a favor nos dois turnos (eram necessários 49) e agora está na Câmara. O vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB), coordenador da equipe de transição, já afirmou acreditar que a PEC também passará na Câmara.