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Atividades de mais de 90% das madeireiras do Acre são suspensas pelo Ibama

Mais de 90% das madeireiras do Acre estão com as atividades suspensas após uma ordem de bloqueio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). O bloqueio ocorre em todos os estados brasileiros e tem como objetivo apurar supostas irregularidades no setor.

A Federação das Indústrias do Acre (Fieac) questionou o bloqueio e, juntamente com o Sindicato das Indústrias de Serrarias, Carpintarias, Tanoarias, Madeiras Compensadas e Laminados, Aglomerados e Chapas de Madeiras do Estado (Sindusmad-AC), se reuniu para debater os impactos e o que pode ser feito para ajudar os empresários.

Segundo os representantes, o bloqueio foi feito junto ao Sistema do Documento de Origem Florestal (DOF) sem aviso prévio e esclarecimentos sobre a motivação. O presidente da Fieac, José Adriano, criticou a falta de diálogo com o instituto e a forma como a ação foi conduzida.

O setor madeireiro está entre os primeiros na economia do estado acreano, representando 32,3% de tudo o que foi exportado no ano passado. A paralisação das atividades também causa prejuízos para outros setores, como cerâmica e construção civil, que utilizam a madeira como insumo.

Todas as atividades das madeireiras seguem suspensas até que uma análise seja feita em um prazo de até 30 dias. A Fieac solicitou informações ao Ibama sobre o bloqueio e pediu uma audiência com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, para discutir o assunto.

É importante destacar que o setor madeireiro, assim como qualquer outro setor produtivo, deve operar dentro das leis ambientais e de forma sustentável para evitar o desmatamento e a degradação ambiental. O bloqueio das atividades é uma medida preventiva do Ibama para garantir a proteção do meio ambiente e a regularidade das atividades econômicas no setor.