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Governador do Acre pede suspensão de investigação da Operação Ptolomeu após Polícia Federal requisitar relatório financeiro do filho de seis ano

Foto: Diego Gurgel

O governador do Acre, Gladson Cameli, voltou a pedir ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) a suspensão das investigações da Operação Ptolomeu. A operação está investigando supostos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro no Estado. O motivo alegado pela defesa do governador é que a Polícia Federal teria pedido um Relatório de Inteligência Financeira sobre o filho do governador, Guilherme Cameli, que tem apenas seis anos de idade.

De acordo com a reportagem do UOL, a defesa do governador, liderada pelo advogado Pedro Ivo Velloso, apresentou o pedido de anulação do inquérito à ministra Nancy Andrighi no dia 20 de março, onze dias após a deflagração da terceira fase da Operação Ptolomeu. Na fase ostensiva das investigações, o governador não foi alvo de buscas, mas teve que entregar seu passaporte à Justiça e seu patrimônio foi bloqueado.

No documento protocolado no STJ, a defesa do governador questiona o fato de a requisição dos Relatórios de Inteligência Financeira – produzidos pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) – atingir o filho de Cameli. A partir desses relatórios, a PF faz análises que podem apontar eventual evolução patrimonial suspeita de investigados.

Além do filho do governador, a PF também pediu acesso a relatórios do Coaf referentes à ex-primeira-dama, Ana Paula Cameli, e de uma holding da qual o filho de seis anos do casal figura como sócio. A defesa ressalta que os documentos foram solicitados pelos investigadores na fase inicial da Ptolomeu, ainda sem citação ao governador. Só posteriormente o caso foi remetido ao STJ, onde Gladson Cameli detém foro por prerrogativa de função.