Marcado pela luta de direitos, o Movimento de Mulheres Camponesas (MMC) celebra nesta segunda-feira, 17, o Dia Internacional das Lutas Camponesas. A data é rememorada pela via Campesina todos os anos para recordar o massacre de Eldorado dos Carajás, que aconteceu no Brasil, em 1996.
No Acre, a presidente da Movimento de Mulheres Camponesas (MMC), Geovana Castelo Branco, que é presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Mulheres (Cedim), destaca a importância da organização.
“O MMC é um movimento que ajuda a empoderar a mulher do campo, em relação a sua produção, aos seus direitos, e que luta por uma sociedade mais igualitária, mais justa e livre de violências”, observa Geovana.
De acordo com a ativista, muitas mulheres romperam com o ciclo da violência a partir das orientações recebidas no MMC. “Nós temos várias companheiras nossas que era vítimas de violência e que através do movimento, do fortalecimento, dos trabalhos de base, das oficinas, romperam com esse ciclo”, celebra Geovana.
Apesar dos avanços, muitos direitos ainda são negados às pessoas do campo. “A violência do hidro-agro-minério-negócio cada vez mais predatória contra os nossos corpos e territórios nos campos, nas águas e nas florestas”, enfatiza.
O Instituto Mulheres da Amazônia (IMA) fez questão de pautar o debate em suas redes sociais, mas, principalmente na Agenda 21/2030 das Mulheres da Amazônia, que traz no Eixo 3 o debate sobre “Direito à Terra com Igualdade para as Mulheres do Campo e Florestas”.
A Agenda 21/2030 foi construída e elaborada por mulheres dos nove Estados da Amazônia Legal Brasileira e apresenta estratégias para fortalecer as políticas públicas para mulheres na região. Além de elaborar propostas que possibilitem avançar na garantia e na ampliação de direitos sobre os territórios numa perspectiva interseccional e integradora de múltiplas realidades, influenciando mudanças na agenda pública que melhore a qualidade de vida das mulheres em suas diversas pluralidades.
Via Agazeta do Acre/por Maria Meirelles