Após a polêmica gerada pela proposta de recomposição salarial dos vereadores de Rio Branco, que incluía também o aumento salarial do prefeito e secretários, os parlamentares decidiram revogar o projeto de lei que autorizava o reajuste de 45% em seus proventos. A decisão foi tomada durante a sessão da Câmara Municipal realizada na manhã desta quinta-feira, 20.
A sociedade criticou a proposta de aumento salarial, uma vez que a capital acreana está enfrentando diversas problemáticas em relação às enchentes do Rio Acre e igarapés, que desabrigaram milhares de famílias. Caso as leis tivessem sido sancionadas, o salário dos vereadores sairia de R$ 12 mil para R$ 17 mil (41,6%), o do prefeito sairia de R$ 17 mil para R$ 21 mil (23,5%) e a verba de gabinete dos parlamentares saltaria de R$ 38 mil para R$ 50 mil (31,5%).
O primeiro secretário da Câmara Municipal, vereador Fábio Araújo (PDT), afirmou que o PL revogado tinha jurisprudência autorizando a recomposição inflacionária, mas que o reajuste poderia ser aplicado a todos os servidores do município, o que poderia criar um conflito e um prejuízo aos cofres públicos.
Diante disso, os vereadores de Rio Branco decidiram declinar da proposta de recomposição salarial e revogar o projeto de lei que previa o aumento de seus salários, assim como o salário do prefeito e secretários. A decisão foi bem recebida pela população, que espera que o dinheiro público seja investido em ações para minimizar os impactos causados pelas enchentes e outras problemáticas enfrentadas pela cidade.