O tabagismo é responsável por 200 mil mortes por ano no país, seja por doenças respiratórias, circulatórias, do coração e câncer. No Dia Mundial Sem Tabaco, esta quarta-feira (31), o Instituto Nacional do Câncer (Inca) divulga um estudo inédito sobre outro impacto além da saúde, na renda do brasileiro: o fumante gasta quase 10% da renda mensal com cigarro.
Os números mostram que praticamente uma a cada dez pessoas fuma no Brasil – 9,51% da população. A notícia até é boa, já que o número vem caindo nos últimos anos. Ainda assim, o impacto do vício pesa no bolso de toda a população: o SUS gasta em média R$ 125 bilhões por ano para tratar pacientes com doenças causadas pelo cigarro, como o câncer.
Mas o estudo do Instituto Nacional do Câncer mostra que o tabagismo também afeta diretamente o orçamento dos fumantes. O levantamento apontou que quem fuma gasta, em média, 8% da renda mensal com cigarros. Entre os fumantes de 15 a 24 anos, porém, essa média aumenta para 11%. Algo que para Roberto Gil, especialista do Inca, atrapalha o início da vida adulta dos jovens.
“A pessoa inicia a vida comprometendo a sua renda com essa dependência química à nicotina. Se livrar dessa dependência, pode trazer benefícios para ela individualmente e para a família que ela tanto preza, também”, avalia.
Joelson Sampaio, professor da FGV, calculou quando uma pessoa que fuma um maço de cigarros por dia poderia economizar.
“Se ela consegue economizar isso por 3 anos, esse benefício de R$ 300 reais ao mês, sendo aplicado, gera ali uma renda de R$ 13.800, além do benefício, claro, para a saúde dessa pessoa”.
Por Bom Dia Brasil