O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMbio, emitiu uma nota na tarde de hoje, 10, desmentido a acusação do deputado estadual Pablo Bregense (PSD) de que o órgão ambiental teria derrubado a casa de um seringueiro na região do Rio Caeté, em Sena Madureira.
Ontem, 9, na tribuna da Assembleia Legislativa, Pablo Bregense afirmou que Edival Silva, seringueiro “invisível da sociedade”, saiu para trabalhar e quando voltou para sua casa viu “cenário de desrespeito de parte do ICMbio”. “O que a gente consegue do ICMbio é isso aqui. É uma barbaridade. As crianças estão traumatizadas com as autoridades daqui”, diz o vídeo do suposto seringueiro apresentado pelo deputado. “Não sou bandido, pago minhas coisas. Comprei aqui para cortar seringa”, completa Edival Silva.
Pablo Bregense acusou o órgão ambiental de agir fora do processo legal. “Essa casa não pode ficar calada”, disse, afirmando que emitirá ofício à Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.
Após a fala do deputado repercutir, o ICMbio lançou nota acusando o deputado Bregense de compartilhar a desinformação, e afirmou que o local que Edival Silva chama de “casa” não havia qualquer indício de que moradia, utensílios domésticos ou móveis, o que indica que o barraco servia apenas para abrigo a caçadores.
Veja a nota completa:
“É falsa a informação de que o ICMBio derrubou uma casa de seringueiro no Rio Caeté. Entre janeiro e março deste ano, durante operação na Reserva Extrativista do Cazumbá-Iracema, fiscais do ICMBio constataram que a estrutura era usada como abrigo para caçadores, invasores da Reserva (e não moradores). No local, foram encontrados cerca de 30kg de carne de caça salgada e diversos vestígios e utensílios para abate de animais silvestres. Além disso, o local não apresentava nenhuma condição de moradia humana, como utensílios domésticos ou móveis.
A narrativa que vem sendo compartilhada por meio de um vídeo falso é que a estrutura destruída era a residência de um seringueiro, no entanto, o vídeo foi protagonizado por um caçador – que não possuía autorização ou comprovação para residir no local.
Sendo assim, o Instituto faz um alerta sobre o compartilhamento de desinformação e orienta à população que busque informações em fontes oficiais do governo.”
POR AC24HORAS