O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quarta-feira (3) a apreensão do passaporte do ex-presidente Jair Bolsonaro no âmbito de um inquérito sobre um esquema de falsificação de cartões de vacina. Segundo a polícia, em 2022, o então ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, ordenou a falsificação de registros de vacinação para o ex-presidente e sua filha, Laura.
Cid, que também adquiriu carteirinha fraudada, foi preso pela Polícia Federal nesta terça-feira (2). A investigação indica que o esquema beneficiou pelo menos outras 15 pessoas, incluindo parentes do ex-presidente e pessoas ligadas a ele.
A decisão de Moraes atende a um pedido da Polícia Federal, que argumentou que a medida é necessária para evitar que Bolsonaro deixe o país durante as investigações. O ex-presidente ainda não se pronunciou sobre o assunto.
A falsificação de cartões de vacinação é crime previsto no Código Penal, com pena de até seis anos de prisão. O caso reacende o debate sobre a importância da vacinação e da ética no acesso a recursos públicos.