A Superintendente do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) no Acre, Melissa Machado, anunciou nesta sexta-feira, 5 de maio, que sete das 16 indústrias florestais que foram alvo da Operação Metaverso no começo de abril já foram desbloqueadas. Das empresas desbloqueadas, quatro foram autuadas por irregularidades e as outras três tiveram apenas ajustes no Sistema DOF (Documento de Origem Florestal), que é a licença obrigatória para o transporte e armazenamento de produtos florestais de origem nativa.
Das outras nove indústrias que seguem bloqueadas, sete ainda não entregaram os romaneios de estoque dos pátios das serrarias, documento necessário para que o IBAMA possa analisar e fazer os ajustes necessários de saldo no Sistema DOF. Seis empresas pediram dilação de prazo para apresentar o romaneio, das quais uma entregou na quinta-feira (4) e a vistoria foi feita na sexta-feira (5). Uma empresa teve o romaneio indeferido por duas vezes, enquanto duas empresas ainda não se manifestaram quanto à entrega do documento e pedido de prazo.
A demora das empresas na apresentação dos romaneios de estoque de pátio das serrarias alterou a previsão do IBAMA de concluir a operação até o dia 28 de abril. Segundo Melissa Machado, ainda aguardam a apresentação de romaneios por parte de oito empresas, o que pode prorrogar a operação por até 15 dias. Quando a Operação Metaverso foi desencadeada, o IBAMA disse que o objetivo era combater a exploração ilegal de produtos florestais por meio da fiscalização de transações no Sistema Nacional de Controle de Produtos Florestais (Sinaflor).
No Acre, a operação bloqueou 16 pátios de serrarias, o que corresponderia a 4% das instalações desse tipo no estado. No entanto, representantes do setor contestaram o órgão ambiental e afirmaram que mais de 90% da atividade madeireira do Acre foi paralisada pela ação.