O Banco Central informou nesta sexta-feira (19) que o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado a “prévia” do Produto Interno Bruto (PIB), indicou alta de 2,41% no primeiro trimestre deste ano.
O resultado pelo BC foi calculado após ajuste sazonal — uma espécie de “compensação” para comparar períodos diferentes. A comparação foi feita com os três últimos meses de 2022.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. O resultado oficial do período, medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), será divulgado em 1º de junho.
Se o PIB cresce, significa que a economia vai bem e produz mais. Se o PIB cai, quer dizer que a economia está encolhendo. Ou seja, o consumo e o investimento total é menor. Entretanto, nem sempre crescimento do PIB equivale a bem estar social.
Na semana passada, o mercado financeiro estimou que o PIB de 2023 terá crescimento de cerca de 1%. Em audiência na Câmara dos Deputados nesta semana, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, projetou uma alta bem maior: de cerca de 2% neste ano.
De acordo com o Banco Central, em março deste ano, na comparação com o mês anterior, o IBC-Br registrou uma pequena retração de 0,15%.
De acordo com o Banco Central, o indicador apresentou crescimento de 3,87% na comparação com os três primeiros meses de 2022. E, em doze meses até março, a expansão foi de 3,31%. Nesses casos, o índice também foi calculado sem ajuste sazonal.
Os resultados do IBC-Br são considerados a “prévia do PIB”. Porém, o cálculo do Banco Central é diferente do cálculo do IBGE.
O indicador do BC incorpora estimativas para a agropecuária, a indústria e o setor de serviços, além dos impostos, mas não considera o lado da demanda (incorporado no cálculo do PIB do IBGE).
O IBC-Br é uma das ferramentas usadas pelo BC para definir a taxa básica de juros do país. Com o menor crescimento da economia, por exemplo, teoricamente haveria menos pressão inflacionária, o que poderia contribuir para o relaxamento dos juros.
Atualmente, a taxa de juros básica está em 13,75% ao ano, o maior nível em seis anos e meio.
Nas atas do Copom, colegiado do BC que define a taxa de juros, a instituição tem informado que a desaceleração da atividade econômica “é necessária para garantir a convergência da inflação para suas metas, particularmente após período prolongado de inflação acima das metas”.
Isso ocorre, na visão do Banco Central, porque existe atualmente “uma dinâmica inflacionária movida por excessos de demanda, inicialmente em bens e que atualmente se deslocou para o setor de serviços”.
Por: G1 – Economia.