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Defesa de Gladson pede ao STJ para que ele volte a falar com pai e irmão: “Rigor excessivo e infundado”

Após a Polícia Federal recomendar à ministra Nancy Andrighi, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que prorrogue por mais 180 dias as medidas cautelares que atingem o governador Gladson Cameli (PP), e outros investigados na Operação Ptolomeu, a defesa do governador Gladson Cameli (Progressistas) nas acusações provenientes da Operação Ptolomeu emitiu uma nota onde confirmam um pedido à ministra para que Cameli possa voltar a falar com o pai, o empresário Eládio Cameli, e com o irmão, Eládio Júnior.

O advogado Pedro Velloso alega que Eladio, que já tem 70 anos, está sofrendo com a impossibilidade de falar com os filhos. “O clima ficou ainda mais pesado depois do último mês, quando o governador e o irmão não puderam comparecer à tradicional confraternização da família no Dia das Mães. Oriundo de uma família de imigrantes, Eládio tem uma relação muito forte com os filhos e os irmãos”, diz trecho.

A defesa alega ainda que “a separação entre pai, um homem idoso, e filhos, é uma medida desproporcional contra uma família” e nada justifica a proibição de que um pai fale ou receba a visita de um filho. Esse é um rigor excessivo e infundado”. Já para a PF, justifica que se as cautelares não forem renovadas, há risco de “dano irreparável” ao inquérito. “Os investigados estarão aptos a praticar uma série de atos que colocam em potencial risco a apuração policial”.

Segundo a PF, são cinco medidas cautelares prestes a vencer:

– 31 servidores afastados;
– 15 empresas suspensas;
– 57 pessoas proibidas de acessar órgãos públicos;
– 57 investigados proibidos de manter contato entre si e com testemunhas;
– 57 pessoas foram proibidas de sair do Brasil e tiveram que entregar os passaportes.

O delegado, Pedro Henrique do Monte Miranda, que protocolou o pedido de renovação das medidas, diz no pedido que “os investigados poderão coagir testemunhas, combinar versões entre si e acessar órgãos públicos. Já as empresas suspeitas de terem causado prejuízos milionários estarão livres para voltar a participar de licitações e contratos públicos (…)Tais medidas são recomendáveis, inclusive, em substituição à medida mais extrema de prisão preventiva dos investigados”.

A defesa de Gladson finaliza a nota afirmando que “estão usando contra o governador os mesmos métodos que a Lava-Jato de Curitiba empregou para investigar e desestabilizar todo o sistema político brasileiro. Os métodos abusivos acabaram se voltando contra setores do Judiciário. A Lava-Jato produziu muitos filhotes nocivos. Um deles está grassando no Acre”.

VIA O Palaciano