Populares relataram explosões de bombas de gás lacrimogêneo no bairro Bosque, em Rio Branco, no fim da tarde desta quinta-feira (22). A informação é de que, no 4º Batalhão de Infantaria de Selva (BIS), na capital, estava ocorrendo a finalização de um curso de instrução para cabos militares.
Moradores da região e pessoas que transitavam pelo local disseram ainda que o odor chegava a arder olho, boca e nariz. Uma funcionária de um bar da região relatou que algumas pessoas se abrigaram dentro do estabelecimento para escapar.
Na internet, populares relataram ainda que precisaram parar de dirigir, pois não conseguiam enxergar.
Internautas reclamaram do odor após explosão de gás lacrimogêneo durante instrução do Exército — Foto: Reprodução/Twitter
Em outro post, usuários disseram que passaram mal com a quantidade de gás na região.
Internautas reclamaram do odor após explosão de gás lacrimogêneo em Rio Branco no 4º BIS — Foto: Reprodução/Twitter
O g1 entrou em contato com a assessoria do 4º BIS para averiguar a veracidade das informações, que informou que trata-se de uma instrução controlada e que a quantidade usada de granadas foi mínima.
“Eles [cabos] ficam um pouco expostos ao gás para poder conhecer o material. É um gás que não é letal e, realmente, se dissipa pelo ar. Pela quantidade de granada, houve uma maior dissipação e, infelizmente, não teve como controlar, mas assim, o gás lacrimogêneo não é letal […] faz dois anos que não é feito esse tipo de instrução aqui no nosso quartel. Nós nem tínhamos esse tipo de material. A gente recebeu o material no final do ano passado. Daí como tem uma validade, nós utilizamos pra adestramento do nosso pessoal”, disse o sub-tenente Trindade, da Relações Públicas do 4° BIS.
Uma guarnição do Corpo de Bombeiros foi chamada para atender a ocorrência na região. De acordo com a assessoria do órgão ao g1, formou-se uma nuvem de gás que incomodou a vizinhança, mas que quando os bombeiros militares chegaram no local, já estava se dissipando.
Colaborou Dayane Leite, da Rede Amazônica Acre.
Por Renato Menezes, g1 AC