O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), obteve êxito na Justiça ao condenar membros de uma organização criminosa envolvida na lavagem de dinheiro proveniente do tráfico de drogas.
A Operação Héstia, realizada pela Polícia Federal em conjunto com a Força-Tarefa de Segurança Pública do Acre em dezembro de 2021, abrangeu os estados do Acre, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Amazonas.
De acordo com a denúncia do MPAC, a investigação revelou um esquema que tinha como propósito administrar os valores obtidos por meio de atividades ilícitas, especificamente o tráfico de drogas. Esses recursos eram movimentados por meio de empresas “laranjas” e utilizados para aquisição de bens. O objetivo do grupo criminoso era ocultar esses bens e valores, dissimulando sua origem ilícita e reintegrando-os ao mercado com uma aparência de legalidade. Ao todo, estima-se que o grupo tenha movimentado mais de R$ 43 milhões.
A denúncia apontou nove formas distintas de lavagem de dinheiro. O empresário Érico Batista de Souza foi identificado como o principal operador do esquema. Ele atuava no ramo de venda de extintores e também administrava outras empresas fictícias. Érico, conhecido como “Eric dos Extintores”, foi condenado a 35 anos de prisão pelos crimes de organização criminosa e lavagem de dinheiro.
No total, 15 pessoas foram denunciadas, incluindo empresários do Acre, pelos crimes de organização criminosa, tráfico de drogas e usura. Até o momento, nove réus foram julgados e condenados pela Vara de Delitos de Organização Criminosa, resultando em penas que ultrapassam 93 anos de prisão.