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Acre registra queda no nº de presos em 2022, mas tem 5ª maior população carcerária a cada 100 mil habitantes do Brasil

O Acre teve a maior queda no número de pessoas presas no sistema penitenciário no Acre entre 2021 e 2022, segundo dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, publicados na última quinta-feira (20). De acordo com o levantamento, a baixa foi de 12,9% no período estudado.

No sistema prisional, incluindo os presos sob custódia, o número de presos em 2022 foi de 6.016. Em comparação com 2021, que tinha 6.839, a redução foi de 823 presos.

Contudo, a taxa de presos para cada 100 mil habitantes continua alta. Em 2022, o número é de 724,8, o que coloca o Acre na quinta posição em termos de proporcionalidade. No que diz respeito à região Norte, o estado fica apenas atrás de Rondônia, com 932,1.

Em 2021, o estado ficou na segunda colocação, com 832 presos para cada 100 mil habitantes. O primeiro lugar ficou com Distrito Federal, que permanece na posição em 2022 com 971,9.

Superlotação

Segundo os dados, em 2022, as vagas no presídio eram de 5.828, com déficit de 115. Tais números apontam para superlotação, uma vez que o número atual de detentos, entre provisórios e sentenciados, ultrapassa os 6 mil no Acre.

A quantidade de pessoas que estão presas aguardando julgamento também é expressiva. Apesar da redução de 374 presos que receberam sentença neste período, 1.463 ainda estavam presos de forma provisória em 2022.

Os números correspondem a 24,3% da população prisional. Isto coloca o estado acreano na 17ª colocação no que diz respeito à composição carcerária por provisórios, ficando na frente de Rondônia (com 12,3%) e Roraima (com 18,8%).

Mortes

Com relação a óbitos no sistema prisional, o Acre está em 10º lugar em 2022, com uma taxa de 420,7 mortes para cada 100 mil habitantes. No mesmo ano, houve 25 mortes, contra 31 em 2021.

Uma dessas mortes em 2022 foi a do detento João Craveiro Chaves Júnior, de 40 anos, que foi achado morto dentro do Complexo Penitenciário de Rio Branco. O preso cumpria pena na cela 2 do pavilhão J da unidade prisional e teria sido espancado até a morte.

Outro caso foi o do detento Erik Bascio Braga, de 26 anos, achado morto dentro de uma das celas do Pavilhão Q. Na época, o laudo apontou que o preso morreu em decorrência de overdose.

Por: G1 – Acre.