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Desafios e Controvérsias na Gestão do IAPEN AC: Falta de Formação Acadêmica e Denúncias de Assédio Moral

O Instituto de Administração Penitenciária do Acre (IAPEN AC) tem enfrentado uma série de desafios nos últimos anos, que vão desde a falta de formação acadêmica adequada para os cargos de chefia até denúncias de assédio moral dentro da instituição. A ausência de capacitação técnica para as posições estratégicas tem gerado preocupações sobre a eficiência e a segurança do sistema prisional acreano.

De acordo com informações levantadas, cargos de gestão, chefia e assessoramento técnico no IAPEN AC têm sido ocupados por servidores públicos que não possuem a formação profissional exigida para o contexto do artigo 75 da Lei de Execução Penal. Essa situação tem sido denunciada como favorecimento político, levando à designação de indivíduos sem qualificações técnicas para posições de grande responsabilidade.

Um exemplo mencionado é o do 1° Diretor Presidente do IAPEN AC, Glauber Feitosa, que entrou nos quadros através do Cadastro de Reserva em 2012, muito depois dos primeiros colocados, que ingressaram em setembro de 2008. As denúncias apontam que Feitosa não possuía a formação acadêmica exigida pela Lei de Execução Penal, embora tenha sido designado para um cargo de relevância na instituição.

Além disso, outros casos de ocupantes de cargos estratégicos sem a devida qualificação técnica têm sido relatados. Isso tem gerado descontentamento entre os servidores do IAPEN AC e colocado em questão a eficácia da gestão da instituição, bem como a segurança dos profissionais e dos detentos sob sua responsabilidade.

Outro ponto de preocupação é a denúncia de casos de assédio moral dentro do IAPEN AC. Relatos de funcionários que sofrem pressões, ameaças e situações constrangedoras têm surgido ao longo dos anos, mas até o momento, parece não ter havido respostas satisfatórias por parte dos órgãos competentes. A falta de uma cultura organizacional que preze pela valorização dos servidores e a ausência de mecanismos eficazes de combate ao assédio têm contribuído para perpetuar essas situações nocivas.

O quadro é agravado pela realidade dos policiais penais, que enfrentam desafios em seu ambiente de trabalho. Muitos relatam falta de incentivo à formação acadêmica continuada e enfrentam dificuldades em acumular matrículas e ter reconhecimento profissional. A necessidade de trabalhar horas extras para complementar a renda e as condições de trabalho adversas são fatores que têm gerado insatisfação entre os servidores.

A ausência de formação acadêmica adequada nos cargos de liderança, aliada a casos de assédio moral e falta de incentivo à formação contínua, são questões urgentes que precisam ser abordadas e resolvidas para garantir um ambiente de trabalho mais saudável, seguro e eficiente no IAPEN AC.

 

Por Yuri C M C Isaias
Comissário de Polícia Penal