Jéssica Leite Ribeiro, de 27 anos, foi encontrada morta na noite dessa quarta-feira (5), na cela feminina do presídio de Corumbá, a 420 km de Campo Grande. A mulher cumpria regime fechado desde 2018, após ser condenada por pisotear e matar o enteado de 1 ano e 6 meses.
As causas da morte da mulher ainda são investigadas pela polícia e o caso foi registrado como morte a esclarecer na Delegacia de Polícia de Corumbá. Próximo de Jéssica foi encontrado uma carta que será analisada.
O corpo será levado para Dourados (MS), ainda nesta quinta-feira (6), onde deve ocorrer o sepultamento.
Jéssica, com 21 anos na época, foi presa no dia 16 de agosto de 2018, suspeita de matar o enteado. Durante o depoimento ela confessou maus-tratos ao menino, na época ela disse estar nervosa por conta do choro da criança e, ao tentar fazer massagem, a criança teria caído e ela pisado, sem querer.
Após as investigações, o tribunal do júri indiciou o pai da criança respondeu por maus-tratos e deixou a prisão em 2020. Já a madrasta foi indiciada pelos crimes de maus-tratos e homicídio qualificado por motivo fútil, que dificultou a defesa da vítima.
Ainda em depoimento, ela falou que teve um “acesso de raiva por conta de constantes choros da criança, além de problemas pessoais”. Momento que ela usou mãos e joelhos para “apertar com força o abdômen do menino, tendo também pisado nas costelas”.
Segundo a perícia no corpo da criança, agressões na cabeça, pescoço e pancadas nas costas, causaram dilaceração no fígado e a morte do bebê.
O médico perito também ressaltou que existem lesões mais antigas, sem precisar o período. “A principal lesão, que causou a morte, foram pancadas nas costas, que quebraram costelas e o menino acabou tendo dilaceração no fígado”, afirmou o delegado na época.
No julgamento, que aconteceu em 2020, a defesa alegou que tudo não passou de um acidente, o bebê teria caído de um balcão e teve fraturas graves no corpo que levaram a morte dele. Porém, durante os depoimentos, a madrasta confessou os maus-tratos ao menino e disse que tomou a atitude por estar muito nervosa.
Ao g1, o pai da criança contou que foi enganado pela ex-companheira e afirmou que nunca perdoaria Jéssica pela morte do filho.
“Sentimento de ódio, raiva, da noite para o dia a pessoa acordar e fazer esse tipo de coisa, inventar essa história de que meu filho tinha caído, que foi um acidente, isso não condiz com que aconteceu […] ela mentiu, nessa mentira eu fui preso, e para mim ela é uma pessoa do tipo psicopata”, disse.
Segundo o lutador de MMA, o relacionamento entre ele e Jéssica terminou logo após a tragédia. O pai da criança contou que a ex até tentou uma aproximação por meio de cartas. “Primeiro escreveu dizendo: me perdoa, eu não fiz nada, eu coloquei o menino em cima do balcão e ele caiu. Depois, as outras cartas mudaram o teor, já eram perguntando como eu estava, que ela estava com saudades de mim e da casa” , relatou.
por g1