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Polícia Federal deflagra Operação Magnaccia para desmantelar rede de tráfico internacional de pessoas

Na última quarta-feira, a Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação Magnaccia, com o objetivo de desmantelar uma rede de tráfico internacional de pessoas que levava indivíduos de diferentes estados do Brasil para a cidade de Napoli, no sul da Itália. A ação resultou no cumprimento de mandados de busca e apreensão, assim como na aplicação de medidas cautelares.

De acordo com as investigações, o esquema era supostamente comandado por uma brasileira que residia na Itália, onde mantinha uma casa de prostituição. A acusada contava com o apoio de sua irmã, que vivia em Cuiabá, no estado do Mato Grosso.

Pelo menos 10 vítimas foram identificadas até o momento, provenientes dos estados de Mato Grosso, Sergipe, São Paulo, Rio de Janeiro e Acre. Segundo a PF, essas pessoas eram atraídas por promessas de uma melhor qualidade de vida por meio da prostituição no exterior. No entanto, para conseguirem chegar à Itália sem recursos, eram obrigadas a aceitar e contrair uma dívida antecipada de aproximadamente 10 mil euros (cerca de R$ 50 mil).

Ao chegarem em Napoli, as mulheres eram mantidas em um alojamento insalubre, sujo e inadequado para a moradia, sendo obrigadas a pagar diárias pelo espaço. Essa situação configura exploração e violação dos direitos humanos das vítimas.

A Operação Magnaccia representou um importante avanço no combate ao tráfico de pessoas, evidenciando a atuação de uma rede criminosa internacional que se aproveitava das vulnerabilidades de indivíduos em busca de uma vida melhor. As autoridades trabalham agora para identificar todos os envolvidos no esquema e responsabilizá-los perante a justiça.

A PF ressalta a importância de denunciar casos de tráfico de pessoas, reforçando seu compromisso em combater essa grave violação dos direitos humanos e garantir a proteção das vítimas. As investigações continuam em andamento, visando desmantelar totalmente a organização criminosa e evitar que outras pessoas sejam exploradas da mesma forma.

 

Com informações da PF