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Polícia prende criador de grupo no Discord acusado de estupro virtual

A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu, na manhã desta terça-feira (4/7), o principal suspeito de criar e administrar um grupo no Discord para ameaçar, agredir e estuprar crianças na plataforma. A ação ocorre na segunda fase da Operação Dark Room, deflagrada nos municípios de Cachoeiras de Macacu e Teresópolis.

Pedro Ricardo Conceição da Rocha, 19 anos, era o criador e administrador do principal servidor da plataforma, na qual os crimes de estupro, agressão e indução ao suicídio eram cometidos. Ele usava o nickname (apelido) King, que significa rei, em inglês. As informações são do G1 e foram confirmadas pelo Metrópoles.

As investigações começaram em março deste ano, após compartilhamento de dados de inteligência com a Polícia Federal e polícias civis de diversos estados. Durante a apuração, os investigadores constataram os crimes cometidos por jovens e adolescentes na plataforma, um aplicativo de comunicação com suporte a mensagens de texto, voz e chamadas de vídeo.

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Discord
De acordo com as investigações, a plataforma Discord era utilizada por um mesmo grupo, de várias regiões do país, para cometer atos de violência contra animais e adolescentes, além de divulgar pedofilia, zoofilia e fazer apologia ao racismo e nazismo.

Segundo a corporação, adolescentes também eram chantageadas e constrangidas a se tornarem escravas sexuais dos líderes, que cometiam “estupros virtuais”, também transmitidos ao vivo pela internet. Durante o ato, as meninas eram xingadas, humilhadas e obrigadas a se automutilar.

Orientação aos pais
A Delegacia de Combate à Pedofilia orienta para que os pais procurem a polícia quando perceberem mudanças de comportamento nos filhos. O uso de roupas compridas, mesmo em dias quentes, pode ser um sinal de que os jovens estão se autoflagelando, por exemplo, e tentando esconder os machucados.

É recomendado também que os responsáveis monitorem onde e com quem os filhos se relacionam nas redes sociais. “Os pais precisam agir com carinho, nunca retaliando os filhos, e acionar a polícia imediatamente”, recomenda o investigador-chefe Alexandre Scaramella.

Via Metrópoles