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Vídeo mostra momentos antes de rebelião em presídio; detentos correm após passagem de policial

O ContilNet teve acesso a um vídeo que mostra momentos antes da rebelião que foi registrada na última quarta-feira (26), no presídio de segurança máxima, Antônio Amaro Alves, em Rio Branco. O atentado que durou quase 24 horas resultou na morte de cinco detentos – sendo que três deles foram decapitados.

As imagens mostram um policial penal passando em algumas celas e entregando marmitas, por volta das 11h03. Após isso, outros três detentos, fora das grades, aparecem correndo pelo corredor.

A Polícia Civil investiga se o crime foi facilitado por algum agente público. Os vídeos capturados pelas câmaras de segurança estão sendo avaliadas. O fato é que um grupo de faccionados teve acesso a armas pesadas que estavam guardadas na unidade de segurança máxima. Dois policiais foram feitos reféns.

CONFIRA O VÍDEO:

Entenda o caso

Por volta das 11h da quarta-feira, 26 de julho, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública do Acre (Sejusp), tomou conhecimento de uma possível rebelião instaurada no Presídio de Segurança Máxima Antônio Amaro.

O presídio é conhecido por abrigar criminosos sentenciados apontados como os mais graduados na escala das organizações criminosas que atuam nas ruas do Acre, e que estão em permanente conflito e guerra bélica, o chamado Bonde dos 13 e o Comando Vermelho.

A Sejusp informou que 13 detentos fizeram de refém um preso que exercia as funções de faxineiro no Bloco e um policial penal, que acabou sendo ferido no olho com um tiro de raspão.

A Sejusp informou que policiais que estavam de folga foram convocados para ajudar a conter a rebelião. Eles se apresentaram na Unidade Básica de Saúde do Complexo Penitenciário Francisco de Oliveira Conde, para fazer os atendimentos, caso necessário.

Ainda no primeiro dia de revolta, dois detentos deram entrada no pronto-socorro de Rio Branco, encaminhados pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Um dos detentos foi identificado como Reinaldo de Almeida Silva, 41 anos. Ele foi ferido com dois tiros.

Negociações

Os presos envolvidos na rebelião exigiram a presença do promotor Tales Tranin, da Vara de Execuções Penais, na unidade prisional para negociar o fim da ação dos presos que resultou em mortos e feridos.

Segundo a Sejusp, após a chegada de Tranin, os envolvidos solicitaram também a presença da imprensa acreana.

As negociações avançaram somente no dia seguinte, na quinta-feira (27), quando por volta das 10h, os presos se entregaram e o Bope conseguiu finalmente entrar no presídio.

Mortes e rendição dos presos

Ao entrar no complexo, a polícia confirmou a morte de cinco pessoas – sendo que três delas foram decapitadas – e a liberação de dois agentes que estavam como reféns.

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