O Conselho de Sentença da 1ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Rio Branco condenou Kaio Venícius Santiago Nascimento e Laura da Silva de Jesus Amorim, a penas que, somadas, resultam em 34 anos de prisão, em regime inicial fechado. Eles são acusados de matar Francisco das Chagas Bahia de Farias em setembro de 2019, encontrado morto dentro de uma vala em Rio Branco.
A sentença, proferida pela juíza de direito Luana Campos nesta quinta-feira (17), estabelece a pena de:
No entanto, a sentença deferiu aos réus o direito de recorrer em liberdade, “visto que assim estão há pelo menos três anos, não havendo fato novo a justificar o decreto preventivo, bem como não há pedido para a segregação”, diz.
A reportagem não conseguiu contato com a defesa dos acusados.
Casal é acusado de tramar morte de homem e lançar corpo em vala, em Rio Branco — Foto: Divulgação Polícia Civil/AC
O caso
A prisão de ambos ocorreu em outubro de 2019, no bairro Cadeia Velha, na capital acreana. Na época, a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) apontou como crime passional.
Na denúncia do Ministério Público (MP-AC), diz que a vítima teve um relacionamento amoroso com a acusada. Ao tentar novos encontros, o atual acabou descobrindo e, então, arquitetaram o plano de matá-lo.
O corpo de Farias foi encontrado no dia 2 de setembro do mesmo ano, envolvido em um lençol dentro de uma vala na Estrada do Amapá. Segundo o MP, ele foi atingido com vários golpes de facas, contabilizando cerca de 40 lesões.
Durante a investigação, o delegado Cristiano Bastos, titular da delegacia na época, disse que a vítima tinha um laço com os investigados e, segundo os suspeitos, a vítima queria ter uma relação com a mulher, procurando-a. O marido da investigada presa identificou a situação e a partir daí, tramou a morte da vítima.
Segundo a polícia, o marido fez com que a mulher ligasse para Farias e atraísse ele até a residência do casal. Ao chegar no local, o marido entrou em luta corporal com Farias, que acabou matando ele com vários golpes de faca.
Depois de cometer o crime, o suspeito se desfez do corpo e levou até a estrada, onde foi encontrado. Na época, o casal confessou a prática do crime e chegaram a ser presos, mas foram soltos há três anos pois não apresentavam os requisitos para a preventiva.
Por G1/AC