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Centro de Atenção Psicossocial orienta população do Juruá sobre fluxo de atendimentos voltados às crianças

Registro de serviços ofertados às crianças no Caps Náuas. Foto: Marcos Santos/Secom

Fundado há quase 20 anos, o Centro de Atenção Psicossocial (Caps) Náuas, com sede em Cruzeiro do Sul, realiza atendimentos a pessoas com transtornos mentais no Vale do Juruá e nos municípios da região de fronteira com o Amazonas.

Classificada na modalidade Caps 2, a unidade atua com serviços voltados a todos os públicos, entre eles o infantil, que compreende as crianças de 0 a 12 anos.

“Quando se lida com a vida de crianças, a responsabilidade e os cuidados tornam o tratamento ainda mais complexo”, avalia a enfermeira Queite Melo.

O centro recebe os menores encaminhados pelas unidades básicas de Saúde (UBSs) dos municípios ou que procuram ajuda por livre demanda. Ali, o cuidado é distribuído em dois grupos, iniciando-se no acolhimento.

“São quatros encontros feitos para avaliar como as crianças brincam, comunicam-se e relacionam-se com os familiares. Depois disso, realizamos o diagnóstico de comprometimento, no qual apontamos suas dificuldades ou transtornos”, informa a fisioterapeuta Jéssica Rodrigues.

O segundo grupo atua na reabilitação do paciente, com intervenção psiquiátrica efetuada por meio de medicação. O psicólogo Rafael Grandara explica que após receber a criança do grupo de acolhimento, a equipe realiza triagem para indicar os serviços adequados ao seu tratamento.

Ele faz um alerta: “Quando pensamos em avaliação dos pequenos, os serviços do Caps são os últimos a serem buscados no fluxo de atendimentos. Primeiro, a família deve procurar auxílio de um pediatra, que fará avaliação clínica; depois, caso necessário, a criança realizará exames indicados por neurologista, em que serão descartados os agravos biológicos; e, por fim, a busca deve ser pelos cuidados psiquiátricos”, enfatiza.

Orientações às famílias das regiões vizinhas a Cruzeiro do Sul

Atualmente, o Caps Náuas aponta uma crescente na demanda de avaliação psicológica relacionada à terapia ocupacional e necessidade de laudos para crianças com suspeita de transtorno do espectro autista (TEA).

Centro pede mais atenção das famílias quanto ao tempo do tratamento das crianças. Foto: Eliel Mesquita/Secom

Segundo Queite Melo, boa parte do fluxo de atendimentos dos pacientes de Porto Walter, Marechal Thaumaturgo, Feijó, Tarauacá e Ipixuna, no Amazonas, é feito por meio da Telemedicina, e os médicos encaminham as crianças para avaliação de fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional e psicólogo, estes atendimento são realizados no Caps.

“Em sua maioria, são pessoas de famílias carentes, que chegam à unidade sem suporte e lugar para se abrigar”, esclarece a enfermeira.

“Indicamos a essas famílias que se organizem, pois o nosso acompanhamento, que é realizado em encontros semanais, exigirá a permanência delas por mais tempo em Cruzeiro do Sul. Somente assim realizaremos o atendimento necessário, levando em conta o nosso fluxo”, solicita.

Via Agencia de Noticias do Acre