O enigma em torno do desaparecimento de Rayres Silva Ferreira, 23 anos, permanece sem solução em Brasiléia, no interior do Acre. Durante as investigações, a Polícia Civil identificou manchas de sangue em um dos quartos da casa onde a jovem foi vista pela última vez na noite de segunda-feira, 21. Além disso, vestígios de sangue foram encontrados ao longo do trajeto entre a residência e o Rio Acre. A casa pertence à família do ex-namorado de Rayres, com quem ela havia morado anteriormente. O ex-namorado, um tio dele e principal suspeito do desaparecimento, estava na casa no momento do ocorrido e está atualmente foragido.
O suspeito, cuja identidade não foi revelada, é tido como o último indivíduo com quem Rayres teve contato. No dia do desaparecimento, além do suspeito, também estavam presentes na casa o avô do ex-namorado da jovem. As buscas pela jovem ocorreram em um rio próximo, onde foram encontradas roupas e a bicicleta utilizada por Rayres, sendo posteriormente confirmado por meio de filmagens que esses objetos pertenciam à jovem. Contudo, as buscas no rio foram concluídas recentemente.
Em depoimento, o pai do suspeito mencionou ter ouvido um ruído de briga vindo do quarto após Rayres ter uma conversa na parte de trás da casa com seu filho. O idoso verificou o que estava acontecendo, mas foi instruído pelo filho a retornar ao quarto. O suspeito alegou que não havia problema. Mais tarde, o pai do suspeito viu seu filho retornando sozinho do Rio Acre, que fica próximo à residência.
A perícia confirmou a presença de manchas de sangue no quarto da residência, inclusive utilizando luminol para identificar as áreas afetadas. O delegado responsável pela investigação, Erick Maciel, mencionou que o suspeito teria tentado limpar o local. O delegado acrescentou que a mãe da jovem passará por exames de DNA para determinar se o sangue encontrado é de Rayres. No entanto, a polícia suspeita que a jovem esteja morta e o paradeiro de seu corpo ainda é desconhecido.
O suspeito já possui histórico criminal, incluindo condenação por homicídio e associação com facções criminosas. As evidências sugerem que ele pode ter fugido para outro estado. As investigações continuam na busca por respostas sobre o paradeiro da jovem.